segunda-feira, 9 de outubro de 2023

apoesiadodominguinho

Você é a Luz


Você é a luz que me guia mansamente

Por estradas nunca dantes caminhadas,

É por isso que eu sempre sonho com você!

E como são bons esses sonhos que me abrasa

Na noite eterna, retomando o pulsar do meu coração

Por longas primaveras,

Afogando-me nas seivas da eterna Rosa, que te perfuma.

É por isso que eu sempre vou estar por perto

Pois você é a luz dos meus olhos.

E para sempre você estará presente em meu coração.

Eu sei que isso deve ser recompensa dos céus,

Crepuscular entre raios e luzes, a interagir

Dando sentido ao luar que se aproxima, em mais

Uma noite a bailar.

 Devora-me

Devora-me pra que eu não fique embrutecido

Decifra-me para que descubras como atravessar

O precipício que nos separa, suavemente, mansamente,

Impetuosamente...

Observa-me sou o firmamento entre abraços,

Beijos e afagos que quer te seduzir,

Entre o raiar do dia e o precipitar da noite,

Sou o reflexo do seu corpo no meu, a inalar

O perfume da Rosa que talvez não veja embriagando-me

Entre taças, de vinhos ao sabor do luar.

Sou o ouro, a prata e às vezes o chumbo nas noites

Cálidas de solidão que expõe a falta que o seu corpo faz

O perfume da Rosa que talvez não veja embriagando-me

Entre taças.

Não me fites

Estes olhos que me penetram,

Sem penumbra talvez,

Estes lábios que me envolve não me deixa

Perder a ternura

Que esta dentro de ti.

Busco te encontrar, no calor da noite, no centro do universo

Aonde não consigo te encontrar.

Busco os teus braços, entre braços e abraços busco

O seu beijo, beijo-a entre os seus olhos que comigo não está.

Mas, eu não sei se louco estou na noite que esta

Começando sem você aí e eu aqui

Sinto o limiar do Ray Ban que entre os meus olhos

E os seus estar.

Mon cherry amour

Pensarei sempre sobre as coisas que nós passamos,

Embora isso esteja me machucando,

Foi um destino, construído e desconstruído.

Sobre o tempo que não foi eterno.

Quando você estava entre os meus sonhos, como uma ninfa embriagada,

Conforme as regras e a gosto dos vinhos que nos satisfaziam

Os nossos olhares flutuavam, como as ondas do mar,

Insepultos sobre as areias que refletiam o sol e a lua

Matinal.

Ah! “Mon cherry amour”

Os deuses podem, os deuses estão inertes, esqueceram

De nós dois sobre as relvas que nos encantavam,

Promovendo drinques a base do ébano que nos sombreavam,

Impermeabilizando o que nos restou, que nos faz

Seguir em frente, talvez lado a lado.

Por que eu deveria reclamar?

Mas, diga-me, qual a cor do meu beijo?

Como eu costumava te beijar?

Ah! Como você me beijava banhada pelas chuvas convectivas

Que ensopava as nossas almas sedentas, invisíveis,

Em algum lugar bem profundo.

Você deve saber que eu sinto a sua falta

Mas o que eu posso dizer?

Esperarei o julgamento, em prelúdio quando

Ouvirei a Ode entusiástica, declamado

Pelas ondas sonoras do seu coração,

Sim, é claro.

Por que reclamar?

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