terça-feira, 10 de outubro de 2023

apoesianemequittepas

Maravilhosa, Ne me quitte pas


Divina maravilhosa, você é a razão de minha felicidade,

Agora no seu colo que me abriga,

Apesar da distância do nosso querer bem não nos afastamos,

Apesar de não estarmos juntos ouço aquela canção "Ainda bem"

Na primeira pessoa.

Desejo você entre ruas e becos, te beijando na boca,

Sem roupas, imagina sem roupas...

Chego pra te conquistar com caras e bocas, com vontade

Que você mesmo querendo não podes me rejeitar,

Ligo nesta noite que me afoga, entre fronhas e lençóis,

Aonde não nos encontramos e estamos unidos, sem corpos e almas,

Mas nos falamos, beijando-nos, entre a terra e a lua equidistantes,

Que não nos assombra em pensar?

O que vamos nos dizer do fundo dos nossos corações

Que agora faz overture, sem compassos no silêncio que não

Absorve as sedes que temos nos nossos lábios,

Que agora na madrugada não sussurram, mas sonham com

Nossas vozes que exclama: Somos divinos e maravilhosos,

Como vinho que não mata as nossas sedes, que cala as nossas

Vozes, esperando a chuva maravilhosa cair para purificar

As nossas almas que embora separadas estão calientes.

Besame me mucho, solamente una vez nesta noite ao som de

“Ne me quitte pas”.

Enigmas de Outubro

Procuro te decifrar, não como a emblemática esfinge

Do velho Egito, mas como Cleópatra ou Nefertit, entre

As dunas da Lagoa do Abaeté,

Ou nas águas escuras dos lagos que habitam também aqui.

Depois, ou ainda bem, quando ouço aquelas canções,

Lendo poemas que não escrevi pra ti.

Observo as praias, o tsunami não veio às brisas agora não

Nos sufocam quando estamos sonhando com separações de corpos.

A cidade dorme em plena manhã outobriana e primaveras

Que nascem como pétalas no seu olhar de Liz.

Ouço o seu merci, deleito-me agora entre os sinos que dobram

E o Meridien que não existe mais,

Ouço I cant stop loving you, na sua voz.

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