sábado, 21 de outubro de 2023

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Voos


Voe como se estivesse num planador,

Entre nuvens multicores, estrelas amarelas,

Pássaros concretos que desafia a natureza

Em voos cegos e reversões abruptas para não

Entendermos os milagres do ar.

Voe entre os meus pensamentos agora inatingíveis,

Não obscuros o seu olhar que flerta com o vento,

Que envia marolas para o mar equidistante de mim e de você.

Voe como Ícaro, de encontro ao sol que já não nos mata,

Mas nos faz anjos de Deus.

Voe entre degraus, ascendentes, jardins suspensos

Onde se aspira às flores,  em continuidade latentes,

De querermos voar.

Voe como em rota de colisão, um dia, uma noite, mas voe

Num absoluto voar, entre os nossos corpos e lábios que agora

(re)pousa entre sinfonias que não são de pardais, mas de um novo

Desejo, de estar sempre a voar, sem despertar.

Voe para mim!

Não parta sem mim Amorzinha

Eu nunca quis o seu mal,

Não posso iluminar a sua escuridão,

Almejo guardar os selfies que me lembra de ti.

O tempo passa, os momentos estão

Temporariamente congelados, nos clarões dos dias que nós

Não estamos juntos, num universo em desencanto.

As fotos passam hoje coloridas, antes pretas & branco,

Que enfeitavam juntos aos bibelôs da penteadeira,

Onde você afagava os seus cabelos ondulados nas noites

De verões inequívocos, que se congelavam sem o laquê.

Espetáculos, onde não éramos artífices, personagens, mas,

Amantes inveterados, solvendo cervejas, dependendo da ocasião,

Sem deixar o sol se pôr para nós.

Hoje procuro por mim mesmo, você hoje é a pessoa

Que dedico todo o meu amor.

Simplesmente colho fragmentos do passado,  

Que me faz amante, quando o sol se põe de novo por nós.

Agora busco achar frases românticas, nem sempre certas,

Observando você sussurras o olhe mais uma vez para os seus olhos.

Sem me descartar e sentir que eu não quero o seu mal,

Mas curar as feridas que estão em nossos corações

E precisam ser cicatrizadas.

Não deixe o sol se pôr em nós.

Deixe-me procurar por mim, me reencontrar em seus braços

Arfantes, unindo os fragmentos que refletem nos raios

Solares, que cingem os nossos amores perdidos, quando não nos

Perdermos nas escuridões das noites.

Que será clara ao romper do dia que advir.

Amorzinha, vamos embora,

Mas se eu perder você será como o sol que não se põe para nós,

Renascendo quantos dias forem necessários para nos amarmos.

Já sei namorar Amorzinha, Vamos abrir a porta...

 


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