terça-feira, 16 de junho de 2020

apoesiadeclaudioluz - pandemia

O Defunto
O réquiem anônimo

O ataúde repousa entre flores
O seu corpo jaz invisível entre tantos outros,
Anônimo talvez.
Orações são emanadas nas distâncias,
Que não nos aproximam nesses momentos, sem despedidas.
Somos párias, entre suposições, não
Deciframos o amanhã, se o vento nos trará bons ou maus ventos,
Talvez.
O ataúde está à beira da sepultura, o seu corpo solitário agora repousa
Em paz, nos deixando órfãos, desejo de tê-lo velado como um amado,
Como ente amado e não como estorvo.
Apenas momentos de despedidas ausentes,
 Que temos que aceitar,
O seu corpo aqui jaz.

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