terça-feira, 16 de junho de 2020


Deixa-me eu dizer que te amo

Deixa-me eu dizer que te amo talvez na calada da noite,
Quando você nem chegou.
Deixa-me eu dizer que te amo, antes de
Ler os seus escritos que não serão
Escritos.
Deixa-me eu dizer que te amo, como
Antes você esqueceu-se de mim.
Deixa-me eu dizer que te amo, antes que
Copiei-te e que eu diga: amo-te.
Deixa-me eu pensar em você como água
Copiosa.

Menina sapeca
Idos não tenros, você dizia como Gigliola Cinquetti,
Não tenho idade para amar-te, não tenho idade,
Nosso amor existiu entre o mundo, entre estrelas
E o porvir que nos embalou nas estradas e serras,
Para semeá-lo poético, do nosso amor hoje distante.
Desterramos os nossos amores, você Poetisa,
Nós poetamos, entre letras ainda que seja escrita.
Seremos sempre: O Quem dera!
Cláudio Luz

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