quarta-feira, 10 de junho de 2020

apoesiadeclaudioluz


Não estou em casa

Não estou em casa, rasguei os meus papéis de ofício aonde
Deitava os meus versos declinados a você, sou agora
Memórias ficando com você nessa noite.
Também não estou em sua casa, somos
Sonhos notívagos cheios de palavras ao vento.
Não estou em casa, náufrago somos nesta noite que talvez
Talvez tenha de nós perdoarmos entre milagres e seguirmos juntos nessa
Leveza que nos leva a insustentável de sermos um só.
Vamos para casa...

Mascarada

Quero ver o teu rosto entre cantos,
Encantos também sem máscaras.
Vejo os brilhos dos seus olhos, infinito raios do sol.
Saudades há de vim, alegria terá quando chegarmos às relvas
E vê um novo amanhã nascer
Ouço os seus olhos que estão junto aos meus.
Não vivemos no oriente, ocidentes talvez,
Entre véus e os seus olhos que me fitam agora.
Tire a máscara...

Um recado pra ti

Fiquei impossibilitado de escrever que te amo,
Desde sempre.
Aqui não têm floricultura pra te enviar rosas matinais
E chocolates que você adora.
Escuto aquela canção, tento ler o seu livro que não chega
As minhas mãos sedentas para folhear.
Revejo as suas poesias, penso como posso te falar.
Ergo a visão até o fim da rua, busco passos pra te encontrar,
Talvez no final da tarde que virá, entre o por-do-sol que
não vai tirar o brilho da lua que vai te bronzear.
O recado está dado.
Agora grito eu.
                       

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