Enquanto a
cidade dorme
Enquanto a cidade me dorme poeto,
talvez
Indo pra Pasárgada, pra ser chamado
de meu rei ou talvez ir assistir
Ao esperado veredicto de José,
drummoniano, após um longo processo poético, depois musical.
A lua cala, pois, os processos são
muitos e os Jardins Kafkaniano, nos leva a uma metamorfose, abstrata que nos
corrói, entre
Pandemias, sonhos desfeitos, como
Água que escorrem entre os nossos
dedos inertes.
Os versos fluem com mais intensidade,
nas noites de ansiedades e solidões de
Corpos que jazem em algum lugar.
Enquanto a cidade dorme deixamos de
Ser amantes, ocupando lugares nas
filas,
Protagonizando "Ensaios da
cegueira", de Saramago,
Que agora nos delimita até no amar,
sem
As ondas do mar.
Por enquanto a cidade dorme e a lua
nos
Deleita, quando ainda andamos sob
encontros, talvez despedida.
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