domingo, 21 de junho de 2020


Enquanto a cidade dorme
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Enquanto a cidade me dorme poeto, talvez
Indo pra Pasárgada, pra ser chamado de meu rei ou talvez ir assistir
Ao esperado veredicto de José, drummoniano, após um longo processo poético, depois musical.
A lua cala, pois, os processos são muitos e os Jardins Kafkaniano, nos leva a uma metamorfose, abstrata que nos corrói, entre
Pandemias, sonhos desfeitos, como
Água que escorrem entre os nossos dedos inertes.
Os versos fluem com mais intensidade, nas noites de ansiedades e solidões de
Corpos que jazem em algum lugar.
Enquanto a cidade dorme deixamos de
Ser amantes, ocupando lugares nas filas,
Protagonizando "Ensaios da cegueira", de Saramago,
Que agora nos delimita até no amar, sem
As ondas do mar.
Por enquanto a cidade dorme e a lua nos
Deleita, quando ainda andamos sob encontros, talvez despedida.


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