O vento e
o tempo
Sinto a aragem do vento e o peso dos tempos idos que talvez
Ainda há de vir entre tempestades virulentas, pergunto-me:
Como vão meus vizinhos.
As dores das famílias se assemelham, entre orações contritas,
Em súplicas pedem para não partir para o repouso dos justos.
Somos precoces, ensaiamos cegueiras,
Somos agora noite e dia, sonâmbulos, talvez zumbis,
Entre névoas.
Somos talvez passageiros de uma barca
Que navega em terra firme, não no mar dos argonautas
E nem na nau de Cabral.
Somos fogo, louco pela vida que assistimos se esvaziar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário