Alcova
noturna
Obrigado pelo sorriso nos
momentos de amores, despedindo-se
no tempo, que a gente finge que
não se gosta mais.
Renunciei ao amor que tive,
quando percorri distâncias,
Quando gostaria de chorar ouvindo
o silêncio dos ecos,
Que abriga a infelicidade dos
casais antes apaixonados.
Tão triste ficou a alcova
noturna, que nos abrigava
Nos tempos de amores cúmplices,
Quando a gente se gostava demais.
O Sol, a Lua, e as Estrela em
festa no firmamento Céu,
Abriam as portas para depois
iluminar
Os nossos olhos decepcionados
pelo adeus.
Hoje a gente não cruza os olhares
que antes concebíamos,
Para tentar esquecer as juras
secretas,
O que hoje a gente não diz.
“Cerca trova” de Vassari,
Procuras e encontras, talvez,
a persistência do adeus, presente
em todos os momentos que nos acolheram,
Deixando saudade, sonhos perdidos
que ecoa no tempo,
Quando a gente finge que não se
gosta mais.
Agora resta o silêncio e a
distância, que persiste em nos seguir...
Sinto o seu olhar
Sou firmamento entre os seus dedos que me molda
Em palavras e versos.
Sinto o seu olhar japonês e os seus cabelos a lá
África.
Sinto as poesias que me encantam na sua voz
Me desnuda em pleno inverno.
Sinto que sou convertido para crê, entre escritos
Entregas que você agora digita por nós, entre casas
e botões
Que fecham às estrelas em pleno junino, período
antes que deveremos dizer: Olha pro céu meu amor, vai subindo um balão,
Queimando talvez ilusões.
Te desnudo
Te desnudo com essa pele de leopardo, não Branco,
embaraçados de preto é a sua cor.
Você me faz sina oi fascina entre as multidões que
me envolve de máscaras
Cor de anil.
Continuo ouvindo o seu grito, grave ou agudo quando
você canta, ouço sua voz de Uirapuru, quando você canta o Clarym da floresta
amazônica se cala.
Sinto agora o seu canto que me desnuda do meu lápis
Que agora te poetiza.
Somos versos entre amores talvez em linhas
perdidas.
Sou você entrelinhas parágrafos e vírgulas,
métricas e rimas talvez.
Não te desejo
Não te desejo neste São João, sou fogos e figueiras
entre bandeirolas que encobre a lua.
Canto entre cantos olhe pro céu meu amor e beije
aquele balão que sobe levando desejos, sei lá o que.
Tenho estrelas que espocam, rajadas de estrelas ascendentes
brilhantes nos céus.
Céus olhos faíscam e eu como bobo canto, vamos
dançar um forró amor.
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