sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

casodepoesias

Teu caso sou eu

Não sei por que meu caso é você, embora você não

Perceba você é o meu caso.

Sonho noites afins, a meu pedido a cigana leu a palma da

Minha mão e disse não sei dizer!

Que a canção caudalosa embriague-me

Com os seus beijos antes caudaloso que me consome,

Entre dias e noites que pernoitamos em tempos idos.

Beijo a sua foto, em orações uníssonas como o pão de todo dia,

Esperando o sol

De cada dia que transpassa a minha vida, que sonha

Com sua eterna volta que não acontecerá.

Teu caso será sempre eu.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

apoesiacomlabirintos

Labirintos

Não declamo versos nas praças, não sou poeta Veneziano,

apenas escrevo o que sinto por ti.

Aspiro ainda às rosas gregas, nestes tempos

De natividade cristã, que nos faz retornar a

Pensar em sentimentos, na realidade não

Utópicas, real, solidária, dividindo o

Cuidar que se esconderá no tempo, agora chuvoso.

Os seus cabelos molhados não tocarei, mas

Farei poesias ao sentir o seu olhar de

Pantera que se esgueira pra fisgar também

O meu olhar de Leopardo.

O Silêncio do Rio Almada

O rio Almada já não se insinua,

Na sinuosidade de suas curvas, hoje sem vida,

O que antes era garboso, permeando quilômetros sem fim

Esgueirava-se pelas matas e cidades, distribuindo

Centelhas de eternidade, saciando as necessidades

Existenciais de cada um vivente, que de você necessitava.

Meu velho amigo!

Vim conversar com você de novo,

Com você que deixava sementes, enquanto todos dormiam

Em seu leito antes caudaloso.

Agora as ruas de paralelepípedos tremem

Sob a luz de uma lâmpada de rua e o vai e vem de pessoas

Que buscam sobre o seu cadáver o precioso liquido que se esvai como

Sangue nas veias da terra, fruto das mazelas humanas,

Que nos Castigam sem as benções dos céus.

Hoje na luz nua da rua, vejo

Dezoito mil pessoas, talvez mais

Clamando sem dizer

Ouvindo sem escutar...

Esperando na janela, usando uma máscara, pra se

Esconder de quem, de quem será?

 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

APOESIAPOSNATAL

Eu já caí no mundo


Quando achei que você não valia nada pra mim,

Quando as luzes se apagavam, trazendo penumbras e beijos,

Quando eu pensava que te iludia, sem pensar que o iludido tão somente era Eu.

No silêncio da noite eu sonhava encontrar outros corpos,

Não valeu demais, depois de auroras nascentes e a falta da sua pele de Carmim misturando com a minha de sândalos,

Não valeu demais, foi ruim pra mim demais, não sei

Se pra você que não está aqui, agora ou nunca, enquanto durou.

Por você agora eu faço tudo que puder inclusive não pisar

No seu coração que não sei se ainda está sedento por mim.

Não sei se é noite ou dia

Loucuras que penso a cada momento, felicidades talvez, só penso em eu e você, sem problemas aparentes, querendo-te querer cavalgando no meu corpo, cavalga, pois nada poderá ser proibido num amor sem fim.

Você deve poder tudo em mim, quando hoje não quero tristezas em seu rosto.

Eu só quero te querer, sem pressa de querer me arrepender, somos dois amantes com um amor talvez com fim.

Encontrei-te quando estavas em busca de um novo amor, não misterioso pra você levar a minha vida e eu a sua levar, afinal não gosto de andar sozinho e acredito em disco voador, sou aprendiz de mistérios que me levam a ti.

Agora você é o caminho em que me acho sabendo te amar na noite ou no dia.

Deixa-me sonhar, não quero mais fugir dos meus sentimentos pra beber verdades e mentiras, solamente o seu carinho pra sonhar e sentir a sua Essência de mulher que ilumina a vida mesmo solamente una vez.

Não quero você triste

Não quero que você fique triste quando a minha veia poética morrer,

Quando não mais te alcançarei.

Iris dos teus olhos que agora me fitam, ah, como te amo,

Não quero ver você tão triste assim.

Adoro-te

Adoro-te, entre as linhas do horizonte, quando imaginários são os meus Pensamentos que tergiverso, entre os seus olhos, que abrange a minha alma Que adora-te em pensamentos e versos escrito, não em um guardanapo Qualquer.

Escrevo-te em pétalas de jasmim, aspirando incensos de patchouli que exala Do seu corpo não desnudo.

Adoro-te quando inspira-me, entre a primavera que se foi e o verão que Chegou, ardente para os meus olhos que brilharão se um dia eu te ver Passar.

Apenas devaneio, agora...

domingo, 25 de dezembro de 2022

apoesiadodiadenatal

Místico cósmico

É Natal, a manjedoura está coberta de estrelas iluminando

A estrela de Belém, um cometa !

Quem sabe?

José e Maria e convidados da primeira hora

se alegram com

O Nascimento maior, enquanto os Santos

Anjos soam trombetas em honra ao

Bendito que vem em nome do Senhor.

Observo a periferia, irmãos se confundem

Entre a fartura e a inanição latente, e as

Indiferenças que não são colocadas no

Altar do parto.

A tempestade foi semeada no oriente, indo

De encontro ao ocidente, a rosa púrpura se desfolha diante da sequidão 

Que Afloram dos nossos olhos senis.

Não existe o próximo, embora próximo

Da luz que ilumina consequentemente quem

Eu sou e o que você é?

Somos místicos em nome do Jesus Cósmico

Que está no meio de nós, enquanto a Flor

Atômica não explode no meio de nós.

Um dia de cada vez

Quando o meu pensamento irá longe demais,

Você sabe quem eu sou e eu sei quem você é,

Somos reais como o clarão do sol e o brilho da lua,

Entre estrelas, quando vamos nos entender, sem fingimentos,

Num dia como outro qualquer, que não nos ferirá,

Quando ficarmos trocando juras secretas, sem dores

Ou pedidos pra ficar com as dores sendo as minhas.

Um dia de cada vez, te pedirei pra ficar sem ir embora,

Entre cantos, encantos e desencantos, entre a última

Partitura que nos fariam bailar até o fim do verão,

Após o último drinque noturno com três pedras de gelos.

Um dia de cada vez, jurarei que morrerei entre os céus

A terra e as minhas filosofias esotéricas que te alcançam,

Quando declararia o Eu te amo, um dia de cada vez.

Um dia de cada vez, Que você espera que não fui, mas amanhã eu estou voltando.


sábado, 24 de dezembro de 2022

poesiasntalinas

Vinde Senhor Jesus.



 

Por quem os sinos dobram?

Então é Natal!

O vento murmura como um acalanto que

Abrasa os nossos corações sedentos

De um novo dia onde recomeríamos

Uma nova estrela Dalva.

Onde recomeçaríamos um novo

Instante, uma nova Odisseia

Homérica, em busca de salvação,

Onipotente, plenipotenciário talvez.

Sinto o seu chegar, abraço a mim mesmo

Cheio de certezas que a Salvação está próxima,

Não como um sonho de presentes, mas

Com as ferramentas do Arquiteto Pleno

Do Universo que vislumbro na madrugada

Que me enseja, sem oportunismo,

Que fala ao meu coração,

E me faz dormir na certeza

Que Você virá não como um ladrão

Que ninguém sabe a hora

Mas entre nuvens calientes

Que envolverá o meu corpo, que tomará a minha mente,

Sem frisson ou frenesi que consomem a alma.

Você virá como alto escarlate,

Entre nuvens de neon, entre anjos e santos...

Vem Senhor Jesus.

Sou apenas um pecador

Não estou disposto a esperar que Você se banhe

Na Fontana di Trevi, enquanto percorro três estradas,

Rumo ao Almada, em busca de uma La Dolce Vita,

Imaginando o imaginário de Anita Ekberg e Marcelo Mastroianni,

Puro simbolismo junto ao neorealismo de Fellini, em preto e branco.

Será que me apaixono frequentemente, isso é normal?

Escuto o meu coração que para, olha e escuta, por não

Está sozinho o tempo todo, enquanto não é tarde demais.

Mas que mistério, é a minha vida,

Que mistério! Sou um pecador perdido, vivendo intensamente!

Os mistérios ensopam-me, não impedindo que eu delire

E viva uma vida displicente, quando observo as nuvens,

Que já não são as mesmas de segundo atrás.

Percorro mares e florestas, que habita

Dentro em nós, perdidamente, na alma do mundo,

Que nos subtrai, negando a noite, trazendo o dia, quando

Seremos um, envolto em fogo que

Mais parecerá a inauguração de uma nova criação...

Pare, olhe, escute, se houver raios solares magníficos,

Sonhe, enquanto eu não estiver te esperando.

Sou apenas um pecador.

Vênus De Millus

Sou apenas um estrangeiro que divaga no seu corpo de Vênus De Millus, entre a torre de Pizza e a do Sagrado Coração de Jesus, matriz não filial, Orantes sim.

Sonhos a parte, Madona de Cedro, entre o seu corpo e o meu, que atingiu climax não ébrios porém dançantes antes da próxima dança que nos faz inflamar neste verão que chegou apouco.

Em apupos te possuo, escrevo livros em páginas que vestirá o seu corpo, agora nosso, uníssono, não estátua da Vênus De Millus que embalavam o meu sonhar.

Penso em você

Penso em você, perco-me

Entre estrelas que pulsam em

Minhas mãos, olhos que lacrimejam entre

Ondas que vem dos lagos, do Rio Almada e

Das serras que me circundam entre

Neves que não caem.

Penso em suas sobrancelhas, beijo os

Seus supercílios provam o seu batom com

Gosto de uva, talvez entre beijos e carícias.

Penso em desnudar o seu corpo distante,

Que banha-se em plena Serra, que afaga

As nuvens que mudam de forma a todos

Os momentos param a nos distrair.

Penso em você vestida de sereia, sumária,

Mergulhando nos meus sonhos de um

Dia te querer, te possui-la pra você menina(r)

Menina.

Amantes

Somos amantes felizes, felizes

Cheios de vida, e a minha vida

Não é mistério,

Mas onde estou e o que faço

Como vivo?

Vivo envolto em seus anseios

Embriagando-me com os seus sonhos,

Doando-me em vida, pra você alçar vôos

Absolutos nos céus que nos contemplam.

Somos infinitos, enquanto a madrugada não vem,

Somos as respostas que não damos ao

Mundo, emanando luzes perfumadas, somos uma esperança,

Refletida em um sol magnífico que brilha dentro de nós,

Dando-nos alegria de viver, o que ainda não há entre nós.

Somos simplesmente amantes, felizes!

Posso Fitar os seus Olhos Abstratos

Nada que vem do meu coração é negação,

Às vezes ele é cego, naturalmente, enxerga

Mais do que eu, incendiando expectativas

Quando escrevo para ti.

Às vezes me pergunto: Como consigo extrair

Essências em versos e otimismos em gotas, antes leite

Em pedra sem saber se vou te agradar.

Capitulo, tergiverso , digo que não tenho respostas

Plausíveis para me atormentar, e sim para entrar

Nos seus olhos, que sempre fitam os horizontes preenchidos,

Em busca de respostas que teimam em não vir.

Quando seus olhos me perguntam: o amor que vem de mim é verdadeiro?

E se é verdadeiro, já que não podemos possuir concretamente,

Por ser abstrato, que incendeia a alma e aquece o coração, que se rende

Diante beijos, abraços e caricias carnal, que gera frutos e às vezes

Sem pensar se esvai, sem deixar vestígios aparentes.

Tampouco outro dia, como fumaça, sem adeus, talvez com lágrimas que

Procriam expectativas de armistícios incondicionais, quando

Os corações estiverem sem fogo, rindo alegremente, sem dúvidas

De que estamos zombando do amor, que juramos, jamais

Separar-nos, sem esconder lágrimas ou risos latentes

Que sempre cismamos dividir.

Vem, vamos beijar as meninas dos nossos olhos, vem

Incendiar concretamente o abstrato que não

Deixou-nos amar.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

apoesiadetemposdeverao

O tempo o tempo


Amar-te foi como um sonho em noites de verão,

Sujeito e curioso como amar entregando

Um buquê de rosas colhidas em uma floricultura,

Afinal cultuam rosas.

Aposto nas que dormem entre orvalhos, sugando gotículas

Que escorre da sua fronte que há muito não a beijo.

Ah, o tempo, o tempo que me encoraja

E ao mesmo tempo me curva quando pretendo ousadamente

Encontrar-te, mas não ouso.

Através de pensamentos que me sobrepõe

E diz que tramei como te amei querida.

Querendo ouvir respostas de perguntas não feitas desde o ocaso,

Quando você se despediu de mim.

Hoje continuo estático, canto ao tempo e ao vento isso ninguém

Pode me tirar, pois o mundo sempre me fará amante dos seus

Sonhos, agora inatingíveis, quando a sua risada inigualável tão

Longe está.

O meu mundo ainda não se desmoronou,

O meu coração que ainda por ti,

Apanha quando me recolho na Minh ‘alma recôndita...

Esperando por outros dias que não sei se virão.

Por enquanto não me encontro em mim e nem me encontro

Em ti.

Ah! O tempo o tempo

Em tempo

É tempo onde estão, sombras de ti como na canção

De Ray Charles, não nomino o seu nome por causa das nuvens

Ou do vento que te espalhará, entre my life,

Ou luas consignadas no calor do dia ou nas

Caridades da noite, ou my mind.

Escuto-te, agora entre suítes, quartos escuros talvez,

Breu das tocas que nos transformam em espetáculos,

Quando não somos protagonistas e sim coadjuvantes

Num filme sem cor, imagens talvez.

Em tempo, não me esqueço do seu último vestido,

Vermelho talvez!