segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Boa noite Senhora Leda Carrar


Lembro-me da casa de Bernarda Alba,

Agora busco fuzis, não os que representam os

Que tiram vidas, sim flores.

Revejo Eugen Bertholt Friedrich Brecht, confabulando

Na sala com Federico Garcia Lorca.

 

A revolução chega à porta, revejo Eliene, no Teatro da

Ação Fraternal de Itabuna, divina, diva ainda.

Vejo os dois amorosos filhos, que a todo custo a

Senhora Carrar sonha os dois vivos, não mortos,

Resistência e a esperança na vitória popular.

 

A vila já não é a mesma, a pesca talvez sim, Pedro e Juan, na


Guerra não, a revolução dos generais implacáveis, ideias.

Controversas, desencontros de vida.

 

Morte, vitória popular, e agora?


O que será de Tereza Carrar, Pedro e

Srª. Pérez, agora que executaram Federico Garcia Lorca,

Apenas luto, sem esperança e sem a vitória popular.

Agora vejo dois amorosos filhos que a Senhora Carrar a todo custo os impede.

Um morto e um vivo.

Não sou o Generalíssimo Franco, Deposta que tinge

A minha casa de sangue em busca de poder.

Vou pra casa de Bernarda Alba, tomo uns drinques em memória de Federico Garcia Lorca, 

antes, que não está mais entre nós.

Voltarei Leda Carrar, talvez antes que você venha,

Boa noite!

 Cláudio Luz

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário