Labirintos
Não declamo versos nas praças, não sou poeta Veneziano,
apenas escrevo o que sinto por ti.
Aspiro ainda às rosas gregas, nestes
tempos
De natividade cristã, que nos faz
retornar a
Pensar em sentimentos, na realidade
não
Utópicas, real, solidária, dividindo
o
Cuidar que se esconderá no tempo,
agora chuvoso.
Os seus cabelos molhados não tocarei,
mas
Farei poesias ao sentir o seu olhar
de
Pantera que se esgueira pra fisgar
também
O meu olhar de Leopardo.
O Silêncio do Rio Almada
Na sinuosidade de suas curvas, hoje
sem vida,
O que antes era garboso, permeando
quilômetros sem fim
Esgueirava-se pelas matas e cidades,
distribuindo
Centelhas de eternidade, saciando as
necessidades
Existenciais de cada um vivente, que
de você necessitava.
Meu velho amigo!
Vim conversar com você de novo,
Com você que deixava sementes,
enquanto todos dormiam
Em seu leito antes caudaloso.
Agora as ruas de paralelepípedos
tremem
Sob a luz de uma lâmpada de rua e o
vai e vem de pessoas
Que buscam sobre o seu cadáver o
precioso liquido que se esvai como
Sangue nas veias da terra, fruto das
mazelas humanas,
Que nos Castigam sem as benções dos
céus.
Hoje na luz nua da rua, vejo
Dezoito mil pessoas, talvez mais
Clamando sem dizer
Ouvindo sem escutar...
Esperando na janela, usando uma
máscara, pra se
Esconder de quem, de quem será?
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