quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

apoesiacomlabirintos

Labirintos

Não declamo versos nas praças, não sou poeta Veneziano,

apenas escrevo o que sinto por ti.

Aspiro ainda às rosas gregas, nestes tempos

De natividade cristã, que nos faz retornar a

Pensar em sentimentos, na realidade não

Utópicas, real, solidária, dividindo o

Cuidar que se esconderá no tempo, agora chuvoso.

Os seus cabelos molhados não tocarei, mas

Farei poesias ao sentir o seu olhar de

Pantera que se esgueira pra fisgar também

O meu olhar de Leopardo.

O Silêncio do Rio Almada

O rio Almada já não se insinua,

Na sinuosidade de suas curvas, hoje sem vida,

O que antes era garboso, permeando quilômetros sem fim

Esgueirava-se pelas matas e cidades, distribuindo

Centelhas de eternidade, saciando as necessidades

Existenciais de cada um vivente, que de você necessitava.

Meu velho amigo!

Vim conversar com você de novo,

Com você que deixava sementes, enquanto todos dormiam

Em seu leito antes caudaloso.

Agora as ruas de paralelepípedos tremem

Sob a luz de uma lâmpada de rua e o vai e vem de pessoas

Que buscam sobre o seu cadáver o precioso liquido que se esvai como

Sangue nas veias da terra, fruto das mazelas humanas,

Que nos Castigam sem as benções dos céus.

Hoje na luz nua da rua, vejo

Dezoito mil pessoas, talvez mais

Clamando sem dizer

Ouvindo sem escutar...

Esperando na janela, usando uma máscara, pra se

Esconder de quem, de quem será?

 

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