sábado, 24 de dezembro de 2022

poesiasntalinas

Vinde Senhor Jesus.



 

Por quem os sinos dobram?

Então é Natal!

O vento murmura como um acalanto que

Abrasa os nossos corações sedentos

De um novo dia onde recomeríamos

Uma nova estrela Dalva.

Onde recomeçaríamos um novo

Instante, uma nova Odisseia

Homérica, em busca de salvação,

Onipotente, plenipotenciário talvez.

Sinto o seu chegar, abraço a mim mesmo

Cheio de certezas que a Salvação está próxima,

Não como um sonho de presentes, mas

Com as ferramentas do Arquiteto Pleno

Do Universo que vislumbro na madrugada

Que me enseja, sem oportunismo,

Que fala ao meu coração,

E me faz dormir na certeza

Que Você virá não como um ladrão

Que ninguém sabe a hora

Mas entre nuvens calientes

Que envolverá o meu corpo, que tomará a minha mente,

Sem frisson ou frenesi que consomem a alma.

Você virá como alto escarlate,

Entre nuvens de neon, entre anjos e santos...

Vem Senhor Jesus.

Sou apenas um pecador

Não estou disposto a esperar que Você se banhe

Na Fontana di Trevi, enquanto percorro três estradas,

Rumo ao Almada, em busca de uma La Dolce Vita,

Imaginando o imaginário de Anita Ekberg e Marcelo Mastroianni,

Puro simbolismo junto ao neorealismo de Fellini, em preto e branco.

Será que me apaixono frequentemente, isso é normal?

Escuto o meu coração que para, olha e escuta, por não

Está sozinho o tempo todo, enquanto não é tarde demais.

Mas que mistério, é a minha vida,

Que mistério! Sou um pecador perdido, vivendo intensamente!

Os mistérios ensopam-me, não impedindo que eu delire

E viva uma vida displicente, quando observo as nuvens,

Que já não são as mesmas de segundo atrás.

Percorro mares e florestas, que habita

Dentro em nós, perdidamente, na alma do mundo,

Que nos subtrai, negando a noite, trazendo o dia, quando

Seremos um, envolto em fogo que

Mais parecerá a inauguração de uma nova criação...

Pare, olhe, escute, se houver raios solares magníficos,

Sonhe, enquanto eu não estiver te esperando.

Sou apenas um pecador.

Vênus De Millus

Sou apenas um estrangeiro que divaga no seu corpo de Vênus De Millus, entre a torre de Pizza e a do Sagrado Coração de Jesus, matriz não filial, Orantes sim.

Sonhos a parte, Madona de Cedro, entre o seu corpo e o meu, que atingiu climax não ébrios porém dançantes antes da próxima dança que nos faz inflamar neste verão que chegou apouco.

Em apupos te possuo, escrevo livros em páginas que vestirá o seu corpo, agora nosso, uníssono, não estátua da Vênus De Millus que embalavam o meu sonhar.

Penso em você

Penso em você, perco-me

Entre estrelas que pulsam em

Minhas mãos, olhos que lacrimejam entre

Ondas que vem dos lagos, do Rio Almada e

Das serras que me circundam entre

Neves que não caem.

Penso em suas sobrancelhas, beijo os

Seus supercílios provam o seu batom com

Gosto de uva, talvez entre beijos e carícias.

Penso em desnudar o seu corpo distante,

Que banha-se em plena Serra, que afaga

As nuvens que mudam de forma a todos

Os momentos param a nos distrair.

Penso em você vestida de sereia, sumária,

Mergulhando nos meus sonhos de um

Dia te querer, te possui-la pra você menina(r)

Menina.

Amantes

Somos amantes felizes, felizes

Cheios de vida, e a minha vida

Não é mistério,

Mas onde estou e o que faço

Como vivo?

Vivo envolto em seus anseios

Embriagando-me com os seus sonhos,

Doando-me em vida, pra você alçar vôos

Absolutos nos céus que nos contemplam.

Somos infinitos, enquanto a madrugada não vem,

Somos as respostas que não damos ao

Mundo, emanando luzes perfumadas, somos uma esperança,

Refletida em um sol magnífico que brilha dentro de nós,

Dando-nos alegria de viver, o que ainda não há entre nós.

Somos simplesmente amantes, felizes!

Posso Fitar os seus Olhos Abstratos

Nada que vem do meu coração é negação,

Às vezes ele é cego, naturalmente, enxerga

Mais do que eu, incendiando expectativas

Quando escrevo para ti.

Às vezes me pergunto: Como consigo extrair

Essências em versos e otimismos em gotas, antes leite

Em pedra sem saber se vou te agradar.

Capitulo, tergiverso , digo que não tenho respostas

Plausíveis para me atormentar, e sim para entrar

Nos seus olhos, que sempre fitam os horizontes preenchidos,

Em busca de respostas que teimam em não vir.

Quando seus olhos me perguntam: o amor que vem de mim é verdadeiro?

E se é verdadeiro, já que não podemos possuir concretamente,

Por ser abstrato, que incendeia a alma e aquece o coração, que se rende

Diante beijos, abraços e caricias carnal, que gera frutos e às vezes

Sem pensar se esvai, sem deixar vestígios aparentes.

Tampouco outro dia, como fumaça, sem adeus, talvez com lágrimas que

Procriam expectativas de armistícios incondicionais, quando

Os corações estiverem sem fogo, rindo alegremente, sem dúvidas

De que estamos zombando do amor, que juramos, jamais

Separar-nos, sem esconder lágrimas ou risos latentes

Que sempre cismamos dividir.

Vem, vamos beijar as meninas dos nossos olhos, vem

Incendiar concretamente o abstrato que não

Deixou-nos amar.

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