quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

apoesiadocoraçaobaldio

Coração baldio

O meu coração está baldio, mas

Tem um jardim ao redor.

Se você quiser venha passear, sem

Obstáculos!

Tome posse, aspires as flores e construa

Uma casa com varanda como um casulo, livre de muros onde

Você possa transpassar quando a nossa

União não ter mais sentido.

Se o concreto não vingar, uma segunda chance talvez

Seja necessário!

É peculiar em todas as separações.

Venha olhe nos meus olhos, não com o coração descompassado,

Igual ao Te Deum, num rapto de fervor profano,

Vamos improvisar, fora da Matriz Sagrada, dos nossos sonhos em

Noites imersas, que serão aglutinados aos altos céus.

Em cumplicidade vamos transformar em redes

As estrelas em combinação com o primeiro beijo regado

Por gotas do orvalho, que assistirá o advento dos

Sonhos, que sonho por te, se assim for,

Os seus sonhos de muitas noites de verão...

Então os nossos corações não serão baldios.

Flor única

Lembre-se daquela música que nos

Embalava na noite correndo pela areia da praia,

Em suas mãos eu via o brilho do sol

Um espírito nascido dos cinco elementos do universo,

Mostrando você, que é tudo que eu sempre precisei.

Lembre-se que existiam caminhos que seguiríamos

Em noites ébrias de delírios

Com um coração há muito perdido, agora dentro

Dos seus braços.

Agora que as estrelas brilham como você e eu

Agora que nenhuma sombra bloqueia a lua...

Você vem a mim numa brisa de verão

Trazendo o seu amor, quão profundo é seu amor?

Agora te chamo minha querida, você é a Flor única

Brotando no meu coração.

Alcançar-te-ei nas estrelas

Mesmo que sejam numéricas, Agnus Dei,

Almas em asas flutuam soltas no ar, livre,

Como se estivesse planando pelos lugares utópicos,

Entre as estrelas e coloridos, quem sabe esperando o que vem por

Aí.

Liberdade, liberdade abre as asas sobre nós.

Cláudio Luz,

O Espírito que não se esvai

Almas que não se apega, enquanto a chuva

Copiosa cai, lavando as nossas almas, achegando aos nossos

Corações poéticos, sim.

Encharco-me em tuas palavras, bebo o teu vinho, embriago-me na

Luz dos teus olhos que me libertam na escuridão.

Bebo os teus lábios, sinto o clamor dos espíritos que nos gritam:

Poetizem-se em flor.

Espinho em flores

Quando os meus sentimentos se transformarem em espinhos,

Aumentarei o som do rádio, ouvirei "Sozinho", de Peninha, entre Brincadeiras, sentirei as dores do mundo sem extasiar,

Entre nuvens que se dão, em pleno verão que agora nos revolta,

Em torno da imensidão dos seus olhos que agora não estão aqui.

Colherei espinhos entre solidões acompanhadas, presenças ausentes.

Aspiro versos, revejo conceitos que fazia o ser eu,

Envolvo-me no seu corpo de ninfa, que agora dorme sozinha.

Arrancarei espinhos, sim, então tá combinado,

Eu acredito em espinhos esfacelando rosas,

Transformando em perfume o amor que rogo a ti.

 

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