Coração baldio
O meu coração está baldio, mas
Tem um jardim ao redor.
Se você quiser venha passear, sem
Obstáculos!
Tome posse, aspires as flores e
construa
Uma casa com varanda como um casulo,
livre de muros onde
Você possa transpassar quando a nossa
União não ter mais sentido.
Se o concreto não vingar, uma segunda
chance talvez
Seja necessário!
É peculiar em todas as separações.
Venha olhe nos meus olhos, não com o
coração descompassado,
Igual ao Te Deum, num rapto de fervor
profano,
Vamos improvisar, fora da Matriz
Sagrada, dos nossos sonhos em
Noites imersas, que serão aglutinados
aos altos céus.
Em cumplicidade vamos transformar em
redes
As estrelas em combinação com o
primeiro beijo regado
Por gotas do orvalho, que assistirá o
advento dos
Sonhos, que sonho por te, se assim
for,
Os seus sonhos de muitas noites de
verão...
Então os nossos corações não serão
baldios.
Flor única
Lembre-se daquela música que nos
Embalava na noite correndo pela areia
da praia,
Em suas mãos eu via o brilho do sol
Um espírito nascido dos cinco
elementos do universo,
Mostrando você, que é tudo que eu
sempre precisei.
Lembre-se que existiam caminhos que
seguiríamos
Em noites ébrias de delírios
Com um coração há muito perdido,
agora dentro
Dos seus braços.
Agora que as estrelas brilham como
você e eu
Agora que nenhuma sombra bloqueia a
lua...
Você vem a mim numa brisa de verão
Trazendo o seu amor, quão profundo é
seu amor?
Agora te chamo minha querida, você é
a Flor única
Brotando no meu coração.
Alcançar-te-ei nas estrelas
Mesmo que sejam numéricas, Agnus Dei,
Almas em asas flutuam soltas no ar,
livre,
Como se estivesse planando pelos
lugares utópicos,
Entre as estrelas e coloridos, quem
sabe esperando o que vem por
Aí.
Liberdade, liberdade abre as asas
sobre nós.
Cláudio Luz,
O Espírito que não se esvai
Almas que não se apega, enquanto a
chuva
Copiosa cai, lavando as nossas almas,
achegando aos nossos
Corações poéticos, sim.
Encharco-me em tuas palavras, bebo o
teu vinho, embriago-me na
Luz dos teus olhos que me libertam na
escuridão.
Bebo os teus lábios, sinto o clamor
dos espíritos que nos gritam:
Poetizem-se em flor.
Espinho em flores
Quando os meus sentimentos se transformarem em espinhos,
Aumentarei o som do rádio, ouvirei
"Sozinho", de Peninha, entre Brincadeiras, sentirei as dores do mundo
sem extasiar,
Entre nuvens que se dão, em pleno
verão que agora nos revolta,
Em torno da imensidão dos seus olhos
que agora não estão aqui.
Colherei espinhos entre solidões
acompanhadas, presenças ausentes.
Aspiro versos, revejo conceitos que
fazia o ser eu,
Envolvo-me no seu corpo de ninfa, que
agora dorme sozinha.
Arrancarei espinhos, sim, então tá combinado,
Eu acredito em espinhos esfacelando
rosas,
Transformando em perfume o amor que
rogo a ti.
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