Perto de mim
Mesmo vendo a chuva cair,
É tão ruim estar sozinho,
Eu fico vendo o seu rosto,
E dou risadas da minha solidão,
Que me esgana, sufocando os
Lençóis que você deixou pra trás.
Entre blues e a tênue luz,
Que agora esconde a sua presença,
Impregnando de tristezas a minha
mente,
Quando guardo as lembranças no recôndito
Do meu coração, me impedindo de
Encontrar um oásis em seus lábios,
Que se abria em pétalas, alimentando,
O meu coração que ainda espera por
ti.
Permaneço com suas lembranças,
Esperando que você volte como à tarde
Que não transpõe a noite que
acalento,
Ter você mais uma vez perto de mim.
Imaterial como sonhos
A terra é azul, pássaros voam como em fotografias,
Perdidos entre colinas, rios de
desejos inconfessáveis,
Talvez imutáveis entre o meu coração
e o seu.
O seu coração possuí-me entre
cordilheiras que eu não alcanço,
Mesmos em voos planados, quando você
é dona da minha cabeça,
Que me equilibra entre precipícios
utópicos,
Beijos que não me alcançam.
Sonho com Hestia, dona da minha casa,
Deusa esquecida,
Talvez.
Hestia, deusa que me completa dentro
de si mesma,
Entre o Olimpo dos meus devaneios e o
seu corpo que está por vir.
Um corpo, verdade nua que nos
abrigará entre luzes,
Verdades que só uma deusa não pode
subtrair.
Telma (+2020)
Telma agora caminhas para o Eterno Oriente, entre nuvens está envoltas,
O sol brilha em ti,
A lua te encobre ao te pratear.
Sinto a sinfonia dos
Anjos, que te guia na eterna Ascenção
em
Busca do que eu creio e jamais
desacreditarei.
Deus sabe, Deus quer e nos tira o que
nós
Amamos para junto dele.
Meu coração está ferido, sua ausência
agora
Limita-nos num sentimento que se
chama
Adeus para o que sempre pertenceu a
Deus.
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