Desterraste-me porque te amei
Desterraste-me porque te amei nas madrugadas, solvendo vinhos,
Dançando entre musicas e serenos, na
avenida do Santo,
Insone, sonhando com o néctar, que já
não escorre dos
Seus lábios que ofertavam esperanças,
que nos completavam.
Quando os nossos corpos presentes ou
ausentes, éramos um.
Imagino, éramos amor, tal como as
sombras que empreitava atrás
Da porta, que não se fechava, que
nunca nos separou de vez.
Ascendente, verão que virá, campeando
entre penumbras, que
Não mais entorpecerá as nossas
frontes, entre estradas e jardins, lagos e
Rios que nos envolverá.
O tempo precisa de tempo, eterna
conquista,
Entre sonhos que farão os nossos
corações agora
Quebrantados se unir.
Por um momento você desterrou-me de
ti, entre braços e abraços
Severos, entre verdades e mentiras,
quando deixou unir os meus lábios aos seus ainda com marca de batom, deixando
talvez sobreviver o
Amor que desde a despedida ainda bate
dentro
De mim, talvez em você.
Deixamos pegadas e cicatrizes, sinto
um gosto do mertiolate e do
Band-aid, que ainda arde e cura o que
em vão
Deixamos para trás.
Que venha os deuses gregos, inclusive
Mercúrio.
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