Amor em tempos de Apocalipse
Sinto uma vontade de dizer “Eu te Amo”,
Fazendo uma sagrada união,
cabalística, cheia
De esoterismo, sem efeitos
conspiratórios, contrito,
Emanando sentimentos incontroláveis e
uníssonos,
Sem fabulas, dançando farândola, com
um bando de
Desprovidos de amor próprio, talvez.
Seria fantástico o “Eu te amo”,
soando ao som de Love Hurts,
Hospedando-nos no talvez Hotel
Califórnia, como águias,
Percorrendo o Rio Almada, de um extremo
ao outro, em
Direção ao mar.
Quem sabe se um dia colherás
memórias, escritas
Em papiros, pelos padres do Deserto,
solvendo meia-taças,
Envolta em meia-luz, emanadas,
através da meia-noite, “noir”,
De chumbo ardiloso, como se fosse
argonauta em busca
De novos anjos, para anunciar uma
nova paróquia, entre parênteses.
Agora forjados como se fossemos novos
profetas,
Anunciando o apocalipse, Segundo O
amor, entre os céus e a terra,
Que nos resgatará após o enlace,
Prescrito no vigésimo capítulo, do
livro inicial dos nossos sonhos,
Sonhados, entre uma Parole, ou um
dizer sim ou não.
Preciso te dizer que Eu tre Amo?
Entre promessas, acenos não imorais
que me desnudava.
O teu olhar, cor de ébano, quando me
incensava,
Chamas de ébano, entre o teu olhar e
o meu.
O teu olhar me fa(s)cina(va) quando eu
te encontrava
Nas esquinas, entre idas e vindas, eternas,
sonhar.
O teu olhar que me beijava entre
aquarelas,
Caleidoscópio e mandalas e amuletos
que fazia ser de ti.
O teu olhar que me amava, entre
momentâneos desejos,
Lampejos, brilhos e arroubos que me
fazia olhar o teu olhar.
Águia Dourada
Ela era uma águia, alçava voos no meu coração
Que queimava como as cinzas da Fênix,
Brotando beleza e amor.
E “Dourada” era o seu nome,
Os seus olhos eram de cristal
Fazendo-me um louco homem,
Adormecendo na noite escura que era
sua,
Brotando o que jamais se consumou.
Ela tinha isso.
Quando eu era o porto seguro
Ela era o fogo, em seu desejo
De querer ficar livre para sempre e
voar entre sonhos,
Entre a terra e a lua, eternos sonhar.
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