Pedras aos ventos
Se calarem a voz das pedras
Como os poetas escreverão? Por isso
poetizo,
Na calada da noite, infinitamente,
sonhando com os seus olhos de tigresa,
Indomada, sentindo a sua essência no
final tarde chuvoso
Aqui e ali, sem o ocaso dos
descrentes do amor.
Você não está aqui, penso o que é
melhor em você, não vulgar, mesmo
Olhando pro seu corpo que é só seu,
ouso pedir permissão, pois
Não é o nosso caso protelar pelo
menos nesta noite, busco entre sussurros
Como se estivéssemos entreouvidos,
ditando a ultima estrofe
Que escrevi na sua alma, bebendo
chuvas sem pecados aparentes,
Embriagando-nos do amor que é por
determinação de nós dois.
Agora que as cores são imorais, o sol
não é mais o da meia-noite,
Os seus cabelos estão soltos ao
vento, o outono chove copiosamente,
Como lágrimas que você precisa para a
sua libertação!
Ouço a voz do rebento que você
acalenta em seus braços agora
Adormecidos pelas esperas insones,
pelos acalantos perdidos,
Pelas pedras que os profetas não
recolheram para trazer uma nova luz.
Por isso poetizo perante as esferas
que contemplam
Impavidamente o firmamento afogado
entre bombas químicas e lágrimas dos
Que não querem morrer, e nem matar o
nosso viver...
Oh! Insensatez
Oh! Insensatez que cobre os meus olhos,
Que não deixa que os sinos dobrem,
Por ti talvez.
Oh! Insensatez que vem como raios,
entre olhos que se perdem nos meus
Talvez.
Oh, insensatez que não banha a minha
Almas nas ondas caudalosas do Rio
Almada, também não sabem.
Ah! Insensatez que me faz escutar os
seus versos, entre penumbras que agora cobre-me de sua insensatez.
Oh, Divina sensatez que agora em luz,
envolva-me cobrindo com
A sua voz de
Insensatez.
Ah, vozes... Agora que nos encobre,
entre
Epidemias, pandemias, amorosas ah,
não
Sei.
Em mim desilusão
Contemporânea e espaçosa, você
Sabe que vive em mim, subindo e
descendo degraus
Infinitos, na noite que agora
desperta sonhos, que antes
Lagrimavam torrentes de insensatez,
que derramava
Lágrimas e dores, num ultimo sufrágio
entre abraços frenéticos
Que jazem entre esquinas que não
poderemos mais achar.
O tempo urge sementes de um novo
recomeçar, com juras
Que agora poderão resistir em não
capitular, entre sinceridades,
Vontades que arderão em nossos corpos
sedentos de amor.
É o amor que beberemos entre taça,
luzes neons
Que nos despertará das ribaltas,
brindando
Um novo amor, não desiludido, mas,
Resoluto e certo de que uma nova
separação não ocorrerá, se
Deixarmos um novo dia amanhecer
depois de tanta ausência.
Quando você quiser voltar
Quando você em um encontro de paixão e
Pressa me chamou a te conhecer,
apenas como
Um amigo para vivenciar a sua
essência de flor e espinhos:
A de que seriamos uma festa eterna.
Percorremos dores de partos,
vivenciamos o
Mais puro que o mês de abril poderia
fazer, usamos o melhor
Verbo do amor infinito possível.
Quando você espremia os seus lábios
nos meus, sem rumo,
Entre o Rio Cachoeira e o Rio Almada,
entre nascedouro que
Fluía do teu ventre, com rumos ou sem
rumos, indefinidos,
Revivendo o passado em cada esquina,
tendo como companhia
Uma bebida chamada esperança, de como
iríamos viver os nossos dias
Mais felizes, contudo os mais
indecisos, embebidos pelos incensos
Perfumados apenas coragem, que para
nós eram bálsamos que
Liberavam os brilhos dos nossos olhos
que ainda aguarda intacto as
Nossas recordações desses anos
passados em nossas vidas que ainda pode renascer, agora que enxugo os meus
versos até as
Próximas noites febris de outono,
De certo, atraído pelo seu brilho,
para defendê-la como alguém
Que apesar de ausente sempre esteve
presente
Em ti, apaixonado, para você entender
mais dos que porquês
Que levam a dizer... Quando você...
Quiser voltar.
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