Todas as formas de amor...
O meu amor é esotérico,
Firme como os raios solares que te
sombreiam,
Nas últimas noites de verão.
O meu amor é cósmico quando
tergiverso,
Em busca da última estrela que
iluminará o seu santo ser,
Da minha alma sedenta, de prantos
utópicos,
Que nos rondam incessantemente ao
raiar do dia.
O meu amor é teosófico, avesso ao
abstrato, não
Impossível de ser descrito, entre o
céu e a terra.
O meu amor é conectivo quando une as
nossas distâncias não
Paradoxais, presente em todos os
momentos sem fim.
O meu amor é poético, na medida em
que os meus
Sonhos se reencontram, no doce espaço
do meu
Coração que clama por ti.
O meu amor é seu...
A morte não me encanta
A morte não me encanta desde sul ao sudoeste,
Como já dizia Graciliano Ramos,
"O homem não morre encanta-se”.
Não tem sim e nem norte quando vem à
morte,
Como dizia Carlos Drummond de
Andrade: "E agora José,
Agora sem discursos a beira da
sepultura cavada pra ti.
Deixastes riquezas, talvez uma linha
de débitos,
Que pós-morte inexistem, pois seguro
não os tem.
As lágrimas caídas não sensibilizam o
encantamento
Dos seus dias que deixastes para
trás.
Por isso a morte não me encanta, mas
quando eu morrer
O encantamento virá também pra você
que ler este epitáfio.
Amém.
Deus lhe pague
Pelas minhas lágrimas que você não deixou escorrer,
Pelos meus sorrisos que você não
deixou amarelar,
Pelas minhas dores que você me curou,
Pelas minhas noites insones que não
aconteceram,
Pelos meus passos perdidos que não
andei,
Pelo suor em meu rosto que você
enxugou,
Pelas pragas, calúnias e maldições
que você não deixou que me alcançasse,
Pelo pão, pela água e pelo vinho...
Deus lhe pague... Entre silêncios e
oblação, Deus nos pague!
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