Anouk
Agora você chama-se Anouk, amada como uma ursa prestes
A parir em meus braços que nunca
foram estéreis,
Estrelares quando escuto uma música,
Que me diz que as nossas chamas não
vão se apagar
Antes do primeiro beijo em derredor
do último que será o primeiro,
Sempre.
Vejo-a como vetusta, com lábios,
abraços, como se fosse
Purificar-me dos males ou bondades
que te fiz
Nas distâncias que vem do Chuí ou do
Oiapoque, Cordilheiras,
Asfaltos, agora entre vírus que nos
embaça em plena neblina,
Que agora vejo a envolver-me entre o
olhar dos apitos
Que anuncia o seu vir ou não vir,
burlando barreiras que
Desde o início não te deixou partir.
Agora te chamo, Amor, Aimee.
Anouk, amada, ursa prenha dos meus
sonhares.
Azul quando pouso em sua praia
Estamos no outono austral, o céu é azul entre a estrela
De Órion e as crianças que brincam, o
céu é
Inocentemente quando
Pouso em sua praia.
É abril, radiante quando o amor
transpira pelo calor que vem de ti,
Juntinho com o seu olhar alegre desde
o verão que deixou
Bronzeados os nossos corpos
recíprocos não marginais.
O universo nos leva sem conspirações
contra a paz, entre ondas
O céu é azul, quando pousamos na
praia que nos encanta, antes do pôr-do-sol
Que nos abrasava, executando
sinfonias do cúmplice amor, que vem em
Conchas, que não alteram os sussurros
que brotam dos seus lábios, agora
Pueril.
Vamos viver longe, sem felicidade,
amor é impossível.
A mola é no outono austral, vamos
amada pousar nas estrelas
De Órion, para observarmos as pegadas
na areia que deixamos as ondas
Apagar, afinal a terra é azul como
nos confidenciou Yuri Gagarin,
Nos altos céus.
Agora os nossos corpos repousam no
calor da noite em plena praia
Não passará
Você pode apagar as minhas letras, mas não
Apagará o que está desde antes
incrustado no seu coração,
Agora sinto que é um coração sem alma
perdido
No horizonte cinzento que caminha de
um lado para o outro
Da cidade buscando outro coração não
tão cheio
Como o seu.
Agora já não vago entre palavras, não
sinto a sua respiração
Ofegante que agora jaz no meu
passado,
No frio da manhã cinzenta da cidade
Na escola agora o banco é vago, entre
os meus pensamentos
Que agora nos dividiu,
Mas o coração bate forte dentro de
mim,
Se você se esconde como eu
Trancada no quarto e não quer amar
Segure forte a sua alma e chore sem
saber quanto mal
Ainda te fará a solidão que agora
você diz acompanhada,
Continuo com olhos de menino um pouco
tímido,
Mas o meu coração está batendo firme
e sinto que está aqui,
De fato ele nunca pediu sua opinião,
E falou: "um dia você me
entenderá"
Mas não é fácil, você sabe
Mas te iludir não sabe,
E será uma inquietude de viver a vida
sem você e você sem mim.
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