sábado, 29 de abril de 2023

apoesiasabadal

Jardins estéreis entre estrelas, E daí?


Os jardins já não são os mesmos, bancos vazios,

Flores estéreis que não devemos aspirar.

As estrelas agora são cadentes, entre números estatísticos,

E o frio do outono nos faz estéreis também.

É o fim, somos tolhidos a não abraçar, apertos de mãos,

Só nos escuros dos pensamentos, entre olhares patéticos

Que ainda nos deixa fitar o próximo como olhar de despedidas,

quem sabe? Ou talvez!

A lua já não é mais dos Namorados, que mesmo nas alcovas

Procuram-se evitar, suplicando ao sol que mais uma vez venha

Acordar-nos.

Somos névoas, andamos como errantes, entre incertezas,

ao ouvirmos: E daí!

Somos filhos pródigos durante o dia enquanto esperamos

na aurora estéril acordar.

E daí!

 

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