quarta-feira, 15 de junho de 2022

APOESIADELAUDIOLUZ

 Deixa-me eu dizer que te amo


 

Deixa-me eu dizer que te amo talvez na calada da noite,

Quando você nem chegou.

Deixa-me eu dizer que te amo, antes de

Ler os seus escritos que não serão

Escritos.

Deixa-me

eu dizer que te amo, como

Antes você esqueceu-se de mim.

Deixa-me

eu dizer que te amo, antes que

Copiei-te e que eu diga: amo-te.

Deixa-me

eu pensar em você como água

Copiosa.

Cláudio Luz

Menina sapeca

Idos não tenros, você dizia como Gigliola Cinquetti,

Não tenho idade para amar-te, não tenho idade,

Nosso amor existiu entre o mundo, entre estrelas

E o porvir que nos embalou nas estradas e serras,

Para semeá-lo poético, do nosso amor hoje distante.

Desterramos os nossos amores, você Poetisa,

Nós poetamos, entre letras ainda que seja escrita.

Seremos sempre: O Quem dera!

 

D’antes os seus olhos

 

Os seus olhos de cristal brilham como fogo,

Queimam como uma chama prateada que

Obsta o ápice da beleza e do amor,

Que emana de ti.

Negra a noite escura, depurando o ar

Dos meus desejos, infinitos, jurados

Sempre d’antes de te alcançar.

Você é assim, sim, você é o sonho não incrédulo,

Inconsistente talvez, que eu busco no tempo

A razão de você sem mim.

Eu sou o seu fogo, quando você desejar

Eu atiço toda a minha vida, rasgando o elo de sobrevivências,

Que nos libertará, terno e eternamente como o brilho do

Brilho do fogo que nos fará sobreviver,

Dos nossos jeitos, quando nos reencontraremos do nada...

Desde o principio, quando fomos criados do pensamento

uníssono,

Para sobreviver, mantendo a chama dos seus olhos de cristal

Que refletem intimamente, o nosso infinito gostar... Como

d’antes!

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