Deixa-me eu dizer que te amo
Deixa-me eu dizer que te amo talvez
na calada da noite,
Quando você nem chegou.
Deixa-me eu dizer que te amo, antes
de
Ler os seus escritos que não serão
Escritos.
Deixa-me
eu dizer que te amo, como
Antes você esqueceu-se de mim.
Deixa-me
eu dizer que te amo, antes que
Copiei-te e que eu diga: amo-te.
Deixa-me
eu pensar em você como água
Copiosa.
Cláudio Luz
Menina sapeca
Idos não tenros, você dizia como
Gigliola Cinquetti,
Não tenho idade para amar-te, não
tenho idade,
Nosso amor existiu entre o mundo,
entre estrelas
E o porvir que nos embalou nas
estradas e serras,
Para semeá-lo poético, do nosso amor
hoje distante.
Desterramos os nossos amores, você
Poetisa,
Nós poetamos, entre letras ainda que seja
escrita.
Seremos sempre: O Quem dera!
D’antes os seus olhos
Os seus olhos de cristal brilham como
fogo,
Queimam como uma chama prateada que
Obsta o ápice da beleza e do amor,
Que emana de ti.
Negra a noite escura, depurando o ar
Dos meus desejos, infinitos, jurados
Sempre d’antes de te alcançar.
Você é assim, sim, você é o sonho não
incrédulo,
Inconsistente talvez, que eu busco no
tempo
A razão de você sem mim.
Eu sou o seu fogo, quando você
desejar
Eu atiço toda a minha vida, rasgando
o elo de sobrevivências,
Que nos libertará, terno e
eternamente como o brilho do
Brilho do fogo que nos fará
sobreviver,
Dos nossos jeitos, quando nos
reencontraremos do nada...
Desde o principio, quando fomos
criados do pensamento
uníssono,
Para sobreviver, mantendo a chama dos
seus olhos de cristal
Que refletem intimamente, o nosso
infinito gostar... Como
d’antes!
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