Tributo a Silvia, “Silvinha Fernandes”
Acordei hoje sem o pressentimento que
você já não estava
Entre nós, juntei as minhas
recordações e tomei “Um trem para
Durango”, aquele filme que assistimos
em tempos estudantis
No Cine Teatro Hage, que em incursões
as Lojas Americanas, depois
De muitos anos adquirir, para
enriquecer as minhas memórias,
Que o tempo não apagou, solvendo
doses de vinhos, re-assistir, mais uma vez,
Como se você estivesse junto a mim.
Relembro-me da música Silvia, de
Stevie Wonder, que dizia,
“Silvia”, Whoa, oh, oh, yeah
Mmm, hmm, Sylvia.
Você gentilmente tocou o meu coração
de alguma forma,
“Com essa música doce, que pegou uma
faísca em mim”.
Nos caminhos, várias vezes nos encontramos
cada um com
A sua história, você forte e sempre
sorridente brindava-mos
Com aqueles peculiares sorrisos, que
guardarei até me recolher ao
Repouso dos (in) justos, ou aonde o
Altíssimo me colocar.
Glamour foram os momentos quando eu
te encontrava,
Nossas colações de grau, solenidade
sem
Falhas, Bailes no Esporte Clube
Bahia, ao som de
“Os Brasas”, hoje mais do que nunca
importa o “Réquiem”,
Uma singela homenagem a você “Silvia”.
Que os anjos nos altos Céus,
Toquem as trombetas celestiais recebendo
você!
Descanse em Paz, amiga, colega e
irmã,
Pois as minhas lágrimas hoje são
derramadas por você que está
Indo ao encontro do Pai, do Filho e
do Espírito Santo... Amem!
Desejos incorporados n’alma
Você existe? Se você existe:
Qual a razão de você não querer
interagir comigo
Sobre desejos incorporados n’alma?
Afinal não vou furtar horizontes
silenciosos
Que me levam até você.
Quando eu fecho os olhos sinto o
corpo aquecer
Até tornarem-se muros que nos impede
de cruzarmos as estrada,
Dos olhares vigilantes, que não nos
deixa exprimir um convite,
Ou um desafio para que deixemos
capturar-nos pelos olhos,
Entre o mar e o céu que afogam os
nossos desejos, incorporando
Nossas almas, frutos de predições,
pelos olhares que se entrecortam.
Entre linhas geométricas que
emolduram, não como numa fotografia,
Mas como desejos incontidos que
teimamos em não caber dentre
Nós, nem fixar o olhar que flerta,
partindo da
Alma, incondicionalmente metafórica
por ti.
Afinal, o amor, influente imaginário,
que deve ser uma
Historia do céu, que se infiltrou,
por acaso oculto entre nós.
Deveras, amanhã o sol surgirá cor puro
fogo, talvez de novo desejos incorporados nas nossas almas quase gêmeas.
A bebida mais gostosa
A bebida mais gostosa vem do seu
corpo, universo do teu corpo,
Que São os nossos.
Beija-me, sou sua fronte, em camadas
dos supercílios,
Entre neons, azuis talvez.
Queria que o seu peito arfante me
locupletasse,
Entre adeus, como se fosse paz.
Amor, o passado é glória, altivo está
ele, entre corações vagabundos,
Que nos completa e nos hipnotiza,
como amantes,
Que vem das praças e jardins que
campeiam a cidade,
Sem saber que eu vivo na boemia dos
seus lábios,
São taças apetitosas que eu bebo em
silencio d'alma.
Vem amor, todavia sem que você saiba
que talvez vá sofrer,
Entre almas como boas doses
homéricas, que ainda bebo por ti.
És a bebida mais gostosa, que me faz
lúcido,
Quando te bebo, em vós, me acalmo com
os cupidos que
Cismam em não querer flechar os
nossos corações, para não tomarmos o próximo cálice da solidão que se aproxima..
Espero-te como vinho, com véus
translúcidos, embebedando-me com você, Que é a bebida mais gostosa nessa primeira
vigésima quinta hora,
Fazendo acontecimentos que estão
prestes a aparecer,
Entre nuvens, beijos salientes,
enquanto acaricio o seu olhar que
Faz-me embriagar-me por ti.