sexta-feira, 4 de novembro de 2022

apoesiamatinaldasexta

Santo Sábado

 


Se você passar no largo do Santo Sábado

Sinta que a primavera será repleta de amor,

Nas mesas dos bares, entre brindes invioláveis,

Que fervilharão entre votos de um perfeito final-de-semana.

Você observará gentes em círculos alegres, vendo os passantes

Que trilham sem rumo em busca de luz.

“Afinal o sábado foi feito por causa do homem,

e não o homem por causa do Sábado. “(Mc. 2,27).

Esperava que na noite do Santo Sábado você ainda estivesse aqui comigo,

Cheirando Rosas vermelhas, perfumadas, com os olhos brilhantes ,

Querendo falar que você iria embora sem me magoar.

Você foi embora logo ao dia do Santo Sábado!

Que você fosse embora outro dia da semana menos é claro no sábado.

Eu que pensei que na noite de segunda você ainda estaria aqui comigo,

Observando as nuvens que envolveriam os nossos corpos, loucos de desejos

Inconfessáveis e misteriosos.

Poxa você foi embora logo ao Santo Sábado.

O que será do Domingo Santo sem você?

Amor de insensatez

Quando o amor me doía, fruto da insensatez,

Troquei você por noites boemias, na escuridão,

Nas desilusões que hoje chora por ti.

Se existisse perdão vindo de você, que acalmasse o meu coração,

Que sofre fruto das incoerências achadas em coisas lindas,

Reencontradas na próxima esquina, quando o seu

Corpo bailava lindamente, entre contrapontos,

Rotineiros, naturais e precisos, quando despia o seu corpo,

Não freneticamente, como se fosse

O meu Primeiro e único amor, descomplicado, como

Se estivéssemos farreando, entre juras,

Amando-nos eternamente, sobrevivendo, entre coisas lindas entre

O nascer e o por sol, após, trazendo escuridões, breus

Sobre festas dos últimos dias,

Solvendo tragos homéricos, sussurrando entre lençóis,

Recitando as ultimas estrofe do poema de despedida

Que escrevi, com as tintas do Schminkideen, idealizando

A cor do coração que sonhei em te dar, na madrugada,

Nas ruas desertas, que perambulei, em noites boemias,

Quando eu voltava  para os teus braços insones de tanto me esperar.

Agora sofro, entre lençóis, solitário, na noite, onde

O seu corpo não está!

Ah! Insensato amor, fruto da insensatez que não merece

Perdão pelas noites boemias que troquei por ti.

Não sei

Não sei o que farei quando te olhar pela primeira vez,

Singulares pensamentos, paladar que lateja em mim.

Não sei, pois não sou dono de utopias que me levam a ti,

Prometendo o que farei dos carinhos que você não prometeu,

Sem sonhos que ainda terei de tecer felicidades, não sei.

Não sei, onde os seus beijos molhados, estão,

Beijos pra fazer você sorrir e eu não mudar.

Não sei se está em seu olhar que lateja em mim,

No meu coração agora, venha cá menina, entre o meu corpo

Que quer amar você entre o vermelho e o negro de Sthendal,

Quando o céu se levanta sob o seu olhar carmim.

Não sei quando você virá, mas é tudo que eu sonho pra nós,

Sonho de quereres, que um dia nos despertará entre loucuras êxtases e paixões.

Não sei, não posso só por mim, latente de emoções,

De gostar de você enquanto não a encontro pra ver

Se você vai gostar de mim.

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