Santo Sábado
Se você passar no largo do Santo
Sábado
Sinta que a primavera será repleta de
amor,
Nas mesas dos bares, entre brindes
invioláveis,
Que fervilharão entre votos de um
perfeito final-de-semana.
Você observará gentes em círculos
alegres, vendo os passantes
Que trilham sem rumo em busca de luz.
“Afinal o sábado foi feito por causa
do homem,
e não o homem por causa do Sábado.
“(Mc. 2,27).
Esperava que na noite do Santo Sábado
você ainda estivesse aqui comigo,
Cheirando Rosas vermelhas,
perfumadas, com os olhos brilhantes ,
Querendo falar que você iria embora
sem me magoar.
Você foi embora logo ao dia do Santo
Sábado!
Que você fosse embora outro dia da
semana menos é claro no sábado.
Eu que pensei que na noite de segunda
você ainda estaria aqui comigo,
Observando as nuvens que envolveriam
os nossos corpos, loucos de desejos
Inconfessáveis e misteriosos.
Poxa você foi embora logo ao Santo
Sábado.
O que será do Domingo Santo sem você?
Amor de insensatez
Quando o amor me doía, fruto da
insensatez,
Troquei você por noites boemias, na
escuridão,
Nas desilusões que hoje chora por ti.
Se existisse perdão vindo de você,
que acalmasse o meu coração,
Que sofre fruto das incoerências
achadas em coisas lindas,
Reencontradas na próxima esquina,
quando o seu
Corpo bailava lindamente, entre
contrapontos,
Rotineiros, naturais e precisos,
quando despia o seu corpo,
Não freneticamente, como se fosse
O meu Primeiro e único amor,
descomplicado, como
Se estivéssemos farreando, entre
juras,
Amando-nos eternamente, sobrevivendo,
entre coisas lindas entre
O nascer e o por sol, após, trazendo
escuridões, breus
Sobre festas dos últimos dias,
Solvendo tragos homéricos,
sussurrando entre lençóis,
Recitando as ultimas estrofe do poema
de despedida
Que escrevi, com as tintas do
Schminkideen, idealizando
A cor do coração que sonhei em te
dar, na madrugada,
Nas ruas desertas, que perambulei, em
noites boemias,
Quando eu voltava para os teus braços insones de tanto me
esperar.
Agora sofro, entre lençóis,
solitário, na noite, onde
O seu corpo não está!
Ah! Insensato amor, fruto da
insensatez que não merece
Perdão pelas noites boemias que
troquei por ti.
Não sei
Não sei o que farei quando te olhar pela primeira vez,
Singulares pensamentos, paladar que
lateja em mim.
Não sei, pois não sou dono de utopias
que me levam a ti,
Prometendo o que farei dos carinhos
que você não prometeu,
Sem sonhos que ainda terei de tecer felicidades, não sei.
Não sei, onde os seus beijos
molhados, estão,
Beijos pra fazer você sorrir e eu não
mudar.
Não sei se está em seu olhar que
lateja em mim,
No meu coração agora, venha cá
menina, entre o meu corpo
Que quer amar você entre o vermelho e
o negro de Sthendal,
Quando o céu se levanta sob o seu
olhar carmim.
Não sei quando você virá, mas é tudo
que eu sonho pra nós,
Sonho de quereres, que um dia nos
despertará entre loucuras êxtases e paixões.
Não sei, não posso só por mim,
latente de emoções,
De gostar de você enquanto não a
encontro pra ver
Se você vai gostar de mim.
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