quinta-feira, 24 de novembro de 2022

poesiascomnatividade

Nasci pra você 



Por enquanto não morrerei!

Você sabe, desde a primeira vez que eu a encontrei,

Você entrou em mim e permaneceu aqui,

Dando um novo sentido a minha alma desgastada.

Desde então os momentos renascem, multiplicadamente,

Vindo de você que faz o meu espírito em chamas refrescar,

Sugando a brisa avassaladora

Que surge no infinito dos seus olhos

Como uma música.

No quarto onde tergiverso, sozinho ouço “it's a long long way”

Esperando-te, sonhando com a estrada que sempre

Permeou as nossas vidas.

Sei que vivo por você,

Fonte de inspirações, que me convida

A sair pelas noites dançando,

Observando o firmamento que nos esmaga, como pétalas azuis,

Dando-nos de asas douradas, nos fazendo voar.

Nasci por você, que muitas vezes sabe

Ser mais que mulher aguerrida,

Suportando os invernos e os verões

Explodindo-se e produzindo amor, eterno amor,

E quando no fim me encontrares, andando

Como em agonia perene,

Em cima de uma poesia ininteligível,

Embriagando-me, pelo amor que não me ama mais.

Eu não terei outra saída,

A não ser continuar vivendo por você.

Você sabe, eu nasci pra você,

É algo que verdadeiramente nunca morrerá!

E se houvesse outra vida, eu a viveria

Viveria por você

Porque nasci pra você

Confesso


Confesso que bebi

Nas taças dos seus

Seios irrestritos numa tarde

De verão, saboreando o néctar

Que escorria dos seus lábios, gosto

De mel, abelha rainha.

Confesso que bebi

Nos copos de cervejas entre

Tardes e noites de domingo, entre

O nascer e o pôr-do-sol que não

Deixava-nos morrer.

Confesso que não morri antes

Do anoitecer, quando beijei o seu

Corpo não inerte, mas vivo pra

Eu te Beijar.

Confesso que bebi entre beijos, entre

Línguas ariscas que sugavam as

Nossas almas e um amor que nunca

Morrerá antes do sol se pôr.

Confesso que bebi nas águas que despia

O seu corpo em plena primavera, antes da

Lua nascer.

Agora confesso que bebi.

 

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