segunda-feira, 14 de novembro de 2022

semanouquevenhapoesias

Mãe Glorinha!


 

Escrevo estas mal traçadas linhas

Pois o tempo não apagou as doces lembranças

Que foram plantadas no intimo do meu ser

Que não adormece.

Lembro-me da Esposa, Mãe, Irmã e Amiga

Que aconselhava, partilhava e distribuía palavras de

Otimismo, de carinho a quantos que a procuravam;

Lembro-me nitidamente dos seus acalantos

Em noites febris e a felicidade estampada em sua face

Quando a cura se concretizava em meu corpo

Franzino;

Lembro-me dos quitutes diários e dominicais que atraia

Muitos convidados para deliciar, com aquela cerveja bem gelada;

Lembro-me que distribuía afeto em partes iguais

A todos que a procurava e em oração contemplativa justificava

As nossas faltas, perante o pequeno Menino Jesus

E a Doce Sempre Virgem Maria;

Lembro-me da preocupação em nos educar

Tendo as mãos o “ABC” dos animais, e o caderno de caligrafia,

Que apesar da insistência eu não conseguir aprimorar;

Lembro-me quando nos intimava para realizar

As tarefas domésticas nos ensinando a não ser dependente de outrem,

Nas realizações das mesmas no decorrer da vida;

Lembro-me das Caminhadas de Fé na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, nas Capelas Distritais, no Cursilhos, na Pastoral da Saúde e outros

Movimentos;

Lembro-me das incursões ao estado natal dos nossos antepassados

Legando-nos a importância da planta genealógica familiar

De onde vimos, onde passamos e para onde vamos

Nesta Terra do Sem Fim e

Lembro-me quando silenciosamente nos deixastes

Como uma nuvem em direção ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo

Amém.

 

Amor de gritos e sussurros

 

Embora ainda não vivêssemos o que não vivemos,

Irreal seria um sonho para nós que pensamos

Ou nos sentimos fora da realidade, que

Nos deixa entre o lúdico e o sensato.

Protagonizamos ilusões, erguemos barreiras,

Mas, mantivemos intactos os sonhos universais,

Que brilha entre olhares sutis, em encontros furtivos,

Sem mentir como os que fingem amar.

Agora não somos estranhos, entre ribaltas,

Só poderemos querer na noite um amor não frugal,

Sem querer ser como aqueles que só desejam aparecer

Na noite, entre brilhos e Lual, cantando amores,

Fascinantes como um sonho universal, fundamental

Para os que desejam também amar.

Agora que eu medito, porque te amo, percebo entre

Subterfúgios que precisamos viver o que não vivemos até

Agora, embora os nossos destinos nos chamem a mergulhar

No inconsciente amor que nos chama, entre gritos e sussurros

Que inebria o ar.

 

Oh! Darling

 

Você está sozinha assim como eu?

Converse comigo um pouco,

Acho que irei para os seus braços, sabendo

Que já não é tarde, mas espere,

O sonho não acabou, está entre

As estradas cobertas de tijolos

Amarelos, a caminho de Oz.

Vamos caminhar, fazendo todos os nossos dias

Se voltarem para a Superlua, que não

Tarda a aparecer no negrume da noite,

Intercalada pelas chuvas que serão

Está noite prateadas, molhando as

Nossas frontes, quando o próprio Deus

Virá nos ungir, no ápice das constelações

Que nos indicará o caminho certo a seguir.

Habitaremos no centro da terra,

Coincidindo com a órbita que

Entrelaçará os nossos olhos,

Sem medo do Apocalipse que um dia virá.

Oh! Darling...

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário