Dois
Ela me ama e eu a amo,
Dançamos juntos movendo os quadris,
Em compasso dois pra lá dois pra cá,
Oferecendo-nos num ritual mágico e
Ascendente.
Sou Pierrot, ela Columbina em dias ardentes,
Esquentamos o sol e colocamos brilhos de prata
Na lua que nos encantará.
Eu não me viro contra ela, só danço como
Um passista numa quarta-feira de cinza, sendo ela
Porta Bandeira, dos meus sonhos, que agora serestam,
Com os meus passos de Mestre Sala.
Somos mel e limão, que se movem
Lentamente, antes de solver o ultimo gole,
Do prazer que é destilado, entre acordes e a
Próxima melodia, Sing, sing a son, quando sussurrarei,
Cante,
cante uma canção.
Respiraremos os nossos semblantes entre afagos talvez,
Profanos, deixando nossas mãos espalmadas
Passando sobre os nossos corpos e pelos eriçados
Que nos levará entre distâncias, encontros e
Despedidas, que nos levará para distante, para
O paraíso talvez, quando ouviremos citaras tocadas por
Ravi
Shankar
meditando “Corazón Espinado”.
Mais uma vez sussurrarei como o vento pleno,
Dois pra lá dois pra cá.
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