Entre luz tênue e lençóis
Reviro-me entre lençóis olhando as estrelas espelhadas no teto
Dos seus olhos, que caem molhando o
meu corpo, envolvendo
As recordações febris,
Relembro as coisas certas que fiz
erradas e erradas que eu fiz certo
Para não você não me deixar partir.
Não estou aqui pedindo uma segunda
chance
Que me dê razão, mas não me dê
escolha
Pra cometer o mesmo erro outra vez.
Reflexões ah, reflexões tardias que
se esvai entre os nossos
Corações perdidos não sabem onde,
entre as estrelas que caem,
Quando saio porta fora e subo a rua
cantarolando aquela musica
Profana que não sai dos seus ouvidos
sempre atento para
Escutar uma nova canção, inusitada,
colhendo um novo sentido,
Entre almas furtivas que percorre
labirintos, como errantes
Que somos percorrendo estradas cujo
destino nos
Levará a nos reencontrar quem sabe,
entre luz
Tênue e lençóis.
Ainda bem bem ainda
Ainda bem que você me mata aos
poucos,
Quando passa nas avenidas que flutuam
em seus olhos,
Perspicaz, que me devora entre crimes
do divino amor,
Absolvição da sua ausência sentida,
entre descompassos,
Irmã do tempo.
Ah, solidão que me faz percorrer ruas
amargas,
Roubando ilusões dos transeuntes,
possuidores das mesmas dores
Que trago no peito que ainda arde por
ti.
Ainda bem que tráfego como
equilibrista,
Sonhador dos falsos presságios, das
dores do mundo,
De forma não bíblica, salmista
talvez.
Bem ainda quando retorno as ruas do
passado,
Luz de candeeiros, céu estrelados que
ilumina o seu corpo,
Agora não meu.
Não é tarde demais, ainda bem, meu Bem,
bem ainda,
Quando não mudei a fechadura do meu
coração
Que ainda abrirá quando você chegar,
batendo por mim,
Ainda bem meu bem.
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