domingo, 9 de julho de 2023

apoesiadominicalqueconto

La tulipe noire


Quando os seus olhos me cristalizaram,

Envolvendo-me como em ondas dos seus cabelos,

Agora  negros.

És tulipa, flor amorosa que brota no cais

Do meu coração, quando o amor entra por

Um desvio.

Bebo vinho em sua tulipa negra para

Aportar no seu navio.

Não existe cais, só desvios e desafios para beber

O seu corpo Lá tulipe noire.

Você me deixa louco e tonto, surdo e

Cego, como se fosse minha dona.

Beija-me na nuca. Ah! Insensatez quando

Eu penso em você pelo avesso.

Deveras o equinócio aproxima-se

O equinócio aproxima-se como esferas glaciais,

Sem remorsos, só quero me lembrar do que em mim

Para sempre é amor.

Só quero lembrar-me entre os céus e as estrelas,

Entre ondas que navegam no meu coração agora solitário,

Não só nesta noite pois, sei que nada mais será como antes,

Ou será?

Não desejo novas aparências, essências talvez importem

Nesta noite quando as estrelas prenuncia um novo Horizonte,

Ascendentes talvez. somos mutantes, esquecemos

que esquecemos de nos esquecer quando esquecemos que

o sol brilhará mais uma vez amanhã.

É início de madrugada, o meu coração não dorme esperando

Você chegar, um coração que já bate pouco quando você não vem,

Solidão talvez, com os seus olhos de tigresa que sonda os meus Pensamentos, 

Afogando-me quando caio como anjo alado,

Dos altos céus para o seu peito ofegante, sinto o seu toque,

Sou altar entre lençóis onde você deposita-se como oferenda,

Fazendo-me sentir um só corpo, entre realidades e sonhos

Nunca D'antes navegados, entre saudades, não me diga que não.

Setembro se se aproxima, deveras o equinócio já está desnudando

As tristezas só por amor que nos é como sempre filial.

Eu quero te ler

Eu quero te ler entre os meus versos, brilhantes, opacos,

Ressentidos de lembranças

E falsas esperanças.

Eu quero te ler, te levando entre

Palavras, provérbios talvez.

Eu quero te ver neste inverno, desnudada

Banhando-se, na penumbra

Do sol encoberta por nuvens invernais.

Eu quero beber com você um bom vinho, entre

O piano que não te vi tocar.

Eu estou te vendo, apenas o que não

Tirei dos teus escritos.

Eu quero te ler!

Poxa!

O caos que nos completa

Amo-te em poesias,

Dispenso a distâncias, te leio entre as chuvas

Que agora caem, seus versos me molha, encharcar-me

Como ébano,  flores de lótus e tecidos de seda que cobrirá

O seu corpo poéticos que um dia, talvez.

Talvez, sim, entre estrelas e nuvens

Passageiras que flutuam entre as distâncias que não está

Em mim e nem em você.

Completo-me em seus versos e nos

Meus.

Deu pra ti.

O caos existe e estão nos consumindo, entre amores que nos

Ressuscitará, agora.

Te amo entre o caos e a ressurreição do querer de ti.

Imaginações

Imaginações que brotam forte,

Fazendo crescer o amor, acompanhado de ventos fortes,

Infinito perfeito que bate nas nuvens e abala o firmamento que

Vêm do seu íntimo cheio, cheio de imaginações, ilusões talvez.

Imaginações, que vêm impregnadas

De dentro de ti, alada, em companhia

De Orfeu ou Baccus, violinos,

Ou apenas letras que nos banham,

Entre vinhos e músicas que nos faz

Dançar.

Inspirações que seguem antes da chegada do cometa

Ou da próxima grande lua que entre nós habitará,

Tímidos em imaginações, talvez,

Felizes sim.

Solidões

Em cada esquina, mesas de bares vislumbram.

A natureza que invade a minha alma entre versos e juras de

Amores de perdições, todo poeta é triste quando

Escreve versos, observando folhas secas que caem representando

Um amor que se foi.

Incomensuráveis são os meus sentimentos, latentes que buscam

O inadiável que nos ofusca agora mesmo perto de ti entre

Fotografias registrando um passado não distante das escuridões,

Que nos envolviam entre olhares, gestos, de um correr para o outro,

Entre juras secretas, extinguindo o passado, em busca de um presente

Que queremos que não se cale por inanição de declarações e juras,

Inapeláveis são, mas entre o mediterrâneo, tridimensional.

Vislumbro o seu corpo entre lençóis banhados no Rio Almada,

Entre o Rio Cachoeira, sangue que brota do meu coração buscando

Mais uma vez a ti

Sou peralta agora perambulo numa estrada

Infindável, perceptível, percorrendo de novo imagens adormecidas

De esperanças, relembrando prefixos e sortilégios, sem artifícios,

Beijando em sonhos o seu olhar que diz sim, finalizo

As nossas solidões.

Sem amor

Você não sente o sol crescendo

Dia a dia, é um jeito de fazê-la sorrir, não é tão difícil,

se você souber como nós iremos dançar nosso blues.

Se eu estou me sentindo bem pra você

E você está se sentindo bem pra mim,

Não há nada que não possamos fazer ou dizer,

Sentindo-nos bem, sentindo-nos legal, imortal,

Não imoral, descompassando passos

Para os lados, em torno do partir daqui, antes do pôr-do-sol.

Sem amor, onde você estaria agora

Sem amor.

Sem amor e blues, onde você estaria agora?

Buick, O excomungado

Dona Escolástica, casada com Braz, que não era o tesoureiro de Uruçuca criava uma cachorrinha chamada Pureza.

Em tempos idos Pureza foi cruzada e deu 10 crias, distribuídos entre vizinhos e interessados.

Escolástica, decidiu ficar com um macho que foi nominado Buick, em homenagem a um modelo de um carro americano e a empresa Braz Bartillot, onde trabalhava o Braz.

Tempos depois Buick cruzou com Pureza e sobressaltada dona Escolástica ao ver um magarefe se aproximando exclamou ao passante: Senhor Liu, o Buick vai pro inferno porque cruzou com a própria mãe. Vixe Maria.

 

 

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