La tulipe noire
Quando os seus olhos me cristalizaram,
Envolvendo-me como em ondas dos seus
cabelos,
Agora
negros.
És tulipa, flor amorosa que brota no
cais
Do meu coração, quando o amor entra
por
Um desvio.
Bebo vinho em sua tulipa negra para
Aportar no seu navio.
Não existe cais, só desvios e
desafios para beber
O seu corpo Lá tulipe noire.
Você me deixa louco e tonto, surdo e
Cego, como se fosse minha dona.
Beija-me na nuca. Ah! Insensatez
quando
Eu penso em você pelo avesso.
Deveras o equinócio aproxima-se
O equinócio aproxima-se como esferas glaciais,
Sem remorsos, só quero me lembrar do
que em mim
Para sempre é amor.
Só quero lembrar-me entre os céus e
as estrelas,
Entre ondas que navegam no meu
coração agora solitário,
Não só nesta noite pois, sei que nada
mais será como antes,
Ou será?
Não desejo novas aparências, essências
talvez importem
Nesta noite quando as estrelas
prenuncia um novo Horizonte,
Ascendentes talvez. somos mutantes,
esquecemos
que esquecemos de nos esquecer quando
esquecemos que
o sol brilhará mais uma vez amanhã.
É início de madrugada, o meu coração
não dorme esperando
Você chegar, um coração que já bate
pouco quando você não vem,
Solidão talvez, com os seus olhos de tigresa que sonda os meus Pensamentos,
Afogando-me quando caio como anjo alado,
Dos altos céus para o seu peito
ofegante, sinto o seu toque,
Sou altar entre lençóis onde você
deposita-se como oferenda,
Fazendo-me sentir um só corpo, entre
realidades e sonhos
Nunca D'antes navegados, entre
saudades, não me diga que não.
Setembro se se aproxima, deveras o
equinócio já está desnudando
As tristezas só por amor que nos é
como sempre filial.
Eu quero te ler
Eu quero te ler entre os meus versos, brilhantes, opacos,
Ressentidos de lembranças
E falsas esperanças.
Eu quero te ler, te levando entre
Palavras, provérbios talvez.
Eu quero te ver neste inverno,
desnudada
Banhando-se, na penumbra
Do sol encoberta por nuvens
invernais.
Eu quero beber com você um bom vinho,
entre
O piano que não te vi tocar.
Eu estou te vendo, apenas o que não
Tirei dos teus escritos.
Eu quero te ler!
Poxa!
O caos que nos completa
Amo-te em poesias,
Dispenso a distâncias, te leio entre
as chuvas
Que agora caem, seus versos me molha,
encharcar-me
Como ébano, flores de lótus e tecidos de seda que cobrirá
O seu corpo poéticos que um dia,
talvez.
Talvez, sim, entre estrelas e nuvens
Passageiras que flutuam entre as
distâncias que não está
Em mim e nem em você.
Completo-me em seus versos e nos
Meus.
Deu pra ti.
O caos existe e estão nos consumindo,
entre amores que nos
Ressuscitará, agora.
Te amo entre o caos e a ressurreição
do querer de ti.
Imaginações
Imaginações que brotam forte,
Fazendo crescer o amor, acompanhado
de ventos fortes,
Infinito perfeito que bate nas nuvens
e abala o firmamento que
Vêm do seu íntimo cheio, cheio de
imaginações, ilusões talvez.
Imaginações, que vêm impregnadas
De dentro de ti, alada, em companhia
De Orfeu ou Baccus, violinos,
Ou apenas letras que nos banham,
Entre vinhos e músicas que nos faz
Dançar.
Inspirações que seguem antes da
chegada do cometa
Ou da próxima grande lua que entre
nós habitará,
Tímidos em imaginações, talvez,
Felizes sim.
Solidões
Em cada esquina, mesas de bares vislumbram.
A natureza que invade a minha alma
entre versos e juras de
Amores de perdições, todo poeta é
triste quando
Escreve versos, observando folhas
secas que caem representando
Um amor que se foi.
Incomensuráveis são os meus
sentimentos, latentes que buscam
O inadiável que nos ofusca agora
mesmo perto de ti entre
Fotografias registrando um passado
não distante das escuridões,
Que nos envolviam entre olhares,
gestos, de um correr para o outro,
Entre juras secretas, extinguindo o
passado, em busca de um presente
Que queremos que não se cale por
inanição de declarações e juras,
Inapeláveis são, mas entre o
mediterrâneo, tridimensional.
Vislumbro o seu corpo entre lençóis
banhados no Rio Almada,
Entre o Rio Cachoeira, sangue que
brota do meu coração buscando
Mais uma vez a ti
Sou peralta agora perambulo numa
estrada
Infindável, perceptível, percorrendo
de novo imagens adormecidas
De esperanças, relembrando prefixos e
sortilégios, sem artifícios,
Beijando em sonhos o seu olhar que
diz sim, finalizo
As nossas solidões.
Sem amor
Você não sente o sol crescendo
Dia a dia, é um jeito de fazê-la
sorrir, não é tão difícil,
se você souber como nós iremos dançar
nosso blues.
Se eu estou me sentindo bem pra você
E você está se sentindo bem pra mim,
Não há nada que não possamos fazer ou
dizer,
Sentindo-nos bem, sentindo-nos legal,
imortal,
Não imoral, descompassando passos
Para os lados, em torno do partir
daqui, antes do pôr-do-sol.
Sem amor, onde você estaria agora
Sem amor.
Sem amor e blues, onde você estaria
agora?
Buick, O excomungado
Dona Escolástica, casada com Braz, que não era o tesoureiro de Uruçuca criava uma cachorrinha chamada Pureza.
Em tempos idos Pureza foi cruzada e
deu 10 crias, distribuídos entre vizinhos e interessados.
Escolástica, decidiu ficar com um
macho que foi nominado Buick, em homenagem a um modelo de um carro americano e
a empresa Braz Bartillot, onde trabalhava o Braz.
Tempos depois Buick cruzou com Pureza
e sobressaltada dona Escolástica ao ver um magarefe se aproximando exclamou ao
passante: Senhor Liu, o Buick vai pro inferno porque cruzou com a própria mãe.
Vixe Maria.
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