terça-feira, 18 de julho de 2023

Silêncios


Ouço Imagine atordoado Agnaldo Timóteo canta,

Meu Grito.

Ouço buzinas é o Calhambeque do Rei,

Assino com uma caneta Sheaffer, ouço os Brasas,

Os Corsários, Mach Five, Joedson e as músicas de Rauzito

e os Panteras, Gavião Cumbica exclamando voo livre.

Percorro os palcos com The Fevers, os Carbonos, Jerri Adriani.

Em incursões lembro-me de Na rua na chuva e na Fazenda,

Lembro-me do Tim Maia que cantava :Gostava tanto de você,

Azul da cor do mar.

Agora no final do show eu canto Excuse-me, digo que tudo

Vai mudar no dia em que eu partir.

Agora sou silêncios depois do passar dos anos dourados,

Entre desenganos

Quando te encontrei e a espero ainda em mim.

Only You, My Way

É matéria, amorosa, coração que pulsa, erupções de sonhos,

Doce amar.

Only you, Solamente una vez, sem entre aspas.

Revolvo os nossos distantes passados, atravesso a ponte

Sobre o rio, percorro o outro lado da cidade sem te encontrar.

Sou versos incontidos, bebo o seu beber nas claridades que

Agora ilumina as minhas lembranças até então

Incontidas, que escorrem entre os meus dedos, que te acariciavam

Entre orgasmo sem fim.

Bebo a sua memória entre paralelepípedos, luzes dos postes que me

Sombreia, esperando a união que não tivemos as juras que nos negamos

e as esperanças que não sei decifrar.

Sou você sou eu cantando mais uma vez

Only You ou My Way ou de novo Solamente una vez.

Ubuntu

Que os sons das nossas ideias soem entre espelhos,

Que resplandeçam os nossos ideais, gratidão seja latente

Em nossas almas, aqui e agora.

Haverá sementes, as nossas mentes fluem como mãos

Que plantam fé, curas e amor.

Você é o espelho que reflete o eu, eu sou o espelho refletindo

Você, somos sementes, semeamos para outros colherem o fruto,

Que nasce dentro de nós, em busca do elo que nos permitem

A ser um só ser.

Ubuntu, este é o canto que nos chamam agora, Ubuntu,

Esse rio que corre, estão entre serras que beijam os altos céus,

Essas ondas que nos trás Paz, Harmonia, amor que agora brota

Em nós.

Ubuntu, Ubuntu, grito de Gratidão e Paz.

Ubuntu II

Ubuntu, coração, entre cânticos, corações separados,

Ternuras da terra.

Amo a gratidão, solidarnosc, fraternidade entre sementes,

Sedentos estão por causa da tua ausência que agora estás presente.

Ah, Nara, Lima fruta, espaços distantes, sonhos contidos

Entre lembranças não, agora sentidas.

Não sei se morro ou se vivo, pois verdades sejam ditas,

Aranamil.

Ave Maria, agora, o meu coração agora bate por vocês.

Olhe agora as horas do Agnus Dei.

Quando o amarelo é sol

Quando gira o mundo os seus cabelos dourados me envolvem,

É Valquíria, lança-me em seus braços, elance,

Talvez, tez de prata olhos de tigresa, unhas de panteras,

Olhos de lince, talvez azul.

Busco o silêncio da distância me energia na noite,

Busco distâncias, vejo o pulsar que vem de ti.

Não te quero, te almejo, braços seus que me faz

Delirar entre os desencontros que vivemos

E o unir que talvez um dia venha.

És luz, sombra, o certezas não talvez.

Distâncias existem, passados também, somos o sal da terra

Que agora me aproxima de ti.

Ah! Girassóis da Rússia.

Talvez... Sementes e

Luzes que resplandece no seu olhar, talvez cor de mel,

Óleo de girassol que nos unirá.

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