O sol também se deita
O sol também se deita sempre ao cair
da tarde,
Não sei em que nuvem ele se esconde
pra não ver
O brilho da lua e das estrelas
cadentes.
Às estrelas decaem, faço pedidos
esperando te ver
Na praça da matriz, quando os sinos
dobrarem,
Anunciando o seu aproximar.
Somos Orantes, vestidos de promessas
Que cumpriremos, talvez.
Os seus lábios me faz carícias,
abraço o seu corpo em
Oblações frenéticas e insinuadas,
indo e vindo às insinuações
Dos ventos que não nos entorpece,
somos amantes esperando
O sol se levantar.
Peregrinação
Viajo pelas estradas das Brumas de Avalon, não
A lendária asturiana, nem em busca
Dos lábios de Morgana, para empunhar
Excalibur, nas noites frias que
percorro,
Como se estivesse nas vielas de
Casbas.
Viajo solitário em busca dos seus
braços,
Como andrajoso estivesse o tempo que
nos circundavam
Nas caminhadas, em busca do que não
mais possuo,
E, que nunca chegará aos nossos
diamantados olhos,
Pela escuridão dos sonhos perdidos,
reflexos
Da penumbra que nos envolvia em
Cádiz.
Viajo como alguma coisa que no tempo
passado
Ainda está presente agora,
atraindo-me, como o seu sorriso.
Viajo você sabe que não buscarei em
outros sonhos
As fantasias que fluiu um dia dos
seus olhos,
Encantando-me pra que eu não
precisasse
De nenhum outro motivo, a não ser a
sua sombra
Que me acompanha nas viagens
inequívocas, desde o dia
Em que peregrino pelos caminhos em
busca de ti...
Volte
Quando o sol no fim da tarde é ofuscado
Pela presença da lua.
Aspiro à noite, ansioso, pensando que
você
Estará voltando para mim
Abro o coração, faço festa sinto o
cheiro das estrelas
Descortinadas no firmamento, talhadas
como caleidoscópio
Há apenas uma coisa na minha mente
pressinto que os
Meus sentimentos estão perto do chão
Fico em silêncio, há apenas uma
escolha:
Beijar o seu riso, ao sentir a
propagação da sua voz n
Os momentos de luzes.
Sei que o firmamento não pode
competir com a sua sensibilidade,
Não Poderia mesmo se tentasse.
Reflito e vislumbro apenas uma coisa
na imensidão dos meus sonhos...
Você.
Observo que não há necessidade de
compor, vamos ser real,
Tornando a vida valer e apenas viver,
estar viva é como você
Deve sentir-se.
Logo penso que ouço seus passos
andando no chão exterior
Bem que poderia ser, eu não sei, eu
não sei ao certo
Preciso que volte, eu preciso de
você, eu preciso de você,
Eu não posso viver sem você...
Banhos de encontros
Nós nos encontraremos de novo
Em algum lugar, não importa onde,
entre
Os jardins esplendidos e os nossos
Corações que a noite não esconderá as
Inspirações, que brotam do acaso,
Dos nossos sonhos, que nos envolverá
Quando olharmos um para o outro,
tragados
Pelo tempo, em harmonia com as
estrelas que
Povoam o firmamento, quando nos
envolveremos entre
Risos, passeando pelas ruas e largos
Observando o tempo passar tão
depressa,
Como sentinelas da felicidade,
brindando com vinho tinto,
Atravessando calçadas suaves,
Sob um céu repleto de brumas.
Sem melancolias tu me convidarás para
dançar,
Quando segurarei tua cintura,
dançaremos uma melodia amorosa,
Com os olhos no fundo dos olhos,
apertarei o teu corpo sobre o meu, te
convidarei
para corrermos ao encontro dos lagos,
onde mergulharemos com alegria,
Sem desencantos que venha a nos
separar de novo dos raios
Prateados da lua de papel,
Talvez num dia de domingo, entre o
nascente e o poente, com a certeza
Que este banho de encontro ocorrerá,
em algum lugar, não importando onde.
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