segunda-feira, 17 de julho de 2023

apoesiadotempo

O sol também se deita

 

O sol também se deita sempre ao cair da tarde,

Não sei em que nuvem ele se esconde pra não ver

O brilho da lua e das estrelas cadentes.

Às estrelas decaem, faço pedidos esperando te ver

Na praça da matriz, quando os sinos dobrarem,

Anunciando o seu aproximar.

Somos Orantes, vestidos de promessas

Que cumpriremos, talvez.

Os seus lábios me faz carícias, abraço o seu corpo em

Oblações frenéticas e insinuadas, indo e vindo às insinuações

Dos ventos que não nos entorpece, somos amantes esperando

O sol se levantar.

Peregrinação

Viajo pelas estradas das Brumas de Avalon, não

A lendária asturiana, nem em busca

Dos lábios de Morgana, para empunhar

Excalibur, nas noites frias que percorro,

Como se estivesse nas vielas de Casbas.

Viajo solitário em busca dos seus braços,

Como andrajoso estivesse o tempo que nos circundavam

Nas caminhadas, em busca do que não mais possuo,

E, que nunca chegará aos nossos diamantados olhos,

Pela escuridão dos sonhos perdidos, reflexos

Da penumbra que nos envolvia em Cádiz.

Viajo como alguma coisa que no tempo passado

Ainda está presente agora, atraindo-me, como o seu sorriso.

Viajo você sabe que não buscarei em outros sonhos

As fantasias que fluiu um dia dos seus olhos,

Encantando-me pra que eu não precisasse

De nenhum outro motivo, a não ser a sua sombra

Que me acompanha nas viagens inequívocas, desde o dia

Em que peregrino pelos caminhos em busca de ti...

Volte

Quando o sol no fim da tarde é ofuscado

 Pela presença da lua.

Aspiro à noite, ansioso, pensando que você

Estará voltando para mim

Abro o coração, faço festa sinto o cheiro das estrelas

Descortinadas no firmamento, talhadas como caleidoscópio

Há apenas uma coisa na minha mente pressinto que os

Meus sentimentos estão perto do chão

Fico em silêncio, há apenas uma escolha:

Beijar o seu riso, ao sentir a propagação da sua voz n

Os momentos de luzes.

Sei que o firmamento não pode competir com a sua sensibilidade,

Não Poderia mesmo se tentasse.

Reflito e vislumbro apenas uma coisa na imensidão dos meus sonhos...

Você.

Observo que não há necessidade de compor, vamos ser real,

Tornando a vida valer e apenas viver, estar viva é como você

Deve sentir-se.

Logo penso que ouço seus passos andando no chão exterior

Bem que poderia ser, eu não sei, eu não sei ao certo

Preciso que volte, eu preciso de você, eu preciso de você,

Eu não posso viver sem você...

Banhos de encontros

Nós nos encontraremos de novo

Em algum lugar, não importa onde, entre

Os jardins esplendidos e os nossos

Corações que a noite não esconderá as

Inspirações, que brotam do acaso,

Dos nossos sonhos, que nos envolverá

Quando olharmos um para o outro, tragados

Pelo tempo, em harmonia com as estrelas que

Povoam o firmamento, quando nos envolveremos entre

Risos, passeando pelas ruas e largos

Observando o tempo passar tão depressa,

Como sentinelas da felicidade, brindando com vinho tinto,

Atravessando calçadas suaves,

Sob um céu repleto de brumas.

Sem melancolias tu me convidarás para dançar,

Quando segurarei tua cintura, dançaremos uma melodia amorosa,

Com os olhos no fundo dos olhos,

apertarei o teu corpo sobre o meu, te convidarei

para corrermos ao encontro dos lagos, onde mergulharemos com alegria,

Sem desencantos que venha a nos separar de novo dos raios

Prateados da lua de papel,

Talvez num dia de domingo, entre o nascente e o poente, com a certeza

Que este banho de encontro ocorrerá, em algum lugar, não importando onde.

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