Naquele Banco
*Adaptação
da Musica Naquela
Mesa,
de Sérgio Bittencourt, para homenagear Meu Pai Lafaiete Souza
Naquele banco ele sentava sempre
E me
dizia sempre, o que é viver melhor.
Naquele
banco ele contava histórias,
Que
hoje na memória eu guardo e sei de cor.
Naquele
banco ele juntava gente
E
contava contente o que fez de manhã.
E nos
seus olhos era tanto brilho,
Que
mais que seu filho, eu fiquei seu fã.
Eu
não sabia que doía tanto
Um
banco no lago, uma mesa no canto, a falta
Daquela
risada gostosa, dos conselhos, apesar dos meus cabelos
(Grisalhos),
uma casa na praia com um lindo jardim.
Se eu
soubesse o quanto dói à vida,
Essa
dor tão doída não doía assim.
Agora
resta um banco vazio, sem a tua presença
Relembrando-me
das doces memórias que ficou em mim.
Naquele
banco está faltando ele
E a
saudade dele está doendo em mim.
16 ANOS
DE SAUDADES - *06.10.1927 - +19.07.2007
Decifra-me que eu te direi...
Quero te amar como quem oferece uma
Compreensão luminosa do firmamento
noturno,
Solidário, em plena solidão.
Quero te amar como amante aberto e
passível de mudanças,
Não marionete do destino, com seus
fios invisíveis
De um amor, amoroso, talvez cruel.
Quero te amar como se houvesse um
“deus”, que por intuição
Organizasse os nossos momentos. Não
como determinação,
Deparando-nos com um sentido radical
de liberdade, em
Perene combate com o abstrato dos
nossos sonhos.
Quero te amar nas diversas ruas que
desmarcam os
Nossos destinos, entre fios de teias,
com músicas suaves,
Entre abismos entressonhados, fogo, e
brasa que nos
Dará o direito de vivermos unicamente
pelas reservas da própria
Alma, sem culpa aparente, com as
poesias nas quais eu sempre
Quis exprimir habitualmente em
perplexa que cabe o amargo
Destino de sacrificar a mim mesmo.
Quero te amar como vitima da solidão
avara de mim mesmo,
Que espera florescerem novas árvores
no Éden
e assim, pois, não somente a quero te
amar.
Quero te amar, mas com a fantasia dos
elementos que
Compõe o mundo, que movem os meus
pensamentos que segue
Pelas águas dos rios, lagos e mares,
pelo curso das estrelas
Em estado puro. Tudo nos seus
olhos...
Decifra-me que eu te direi quem és!
Armistício incondicional
Os dias passam, somos ausências condicionais,
Somos prisioneiros em celas
separadas, não te beijo
E nem posso dizer que te amo cara a
cara.
Somos mascarados, talvez alimentem as
estatísticas.
Dos que se foram ou dos que ficaram
para ouvir a ultima canção.
Somos invólucros sem receber
despedidas dos que nós
Amávamos ou nos amaram, em tempos
onde o medo não era pavor.
Somos frutos do estarmos vivos ou do
talvez, em prenúncios.
Ceifa vidas ou nos faz viver.
Somos frutos do quem sabe ou do
talvez, somos filhos da vida
Ou da morte, que nos espreita,
deixando ou buscando alguém
Que será eu ou você, ah, doce amada o
armistícios está aqui
E agora a nos fitar. O que será que
será!
Carpe Diem.
A...Mor infinito
És preciosa quando invade o meu já
distante coração,
Alguma coisa ainda acontece, subjugas
os meus pensamentos
Para tão somente declarar-me a ti.
Entre becos e esquinas declamo aquela
nova, velha poesia que
Ecoa nas praças vazias, entre bancos
nus, olhares que se perdem no Horizonte, sem me encontrar, entre as mutações e
poderes onipotentes, Poderes que te execram, como se músicas cantassem,
Nas calçadas nas noites invisíveis.
Amor, to romântico, extravagante,
pior do que antes, de outros carnavais, Micaretas, talvez, o último romântico,
como num baile de máscaras Procurando ser seu par, entre canções, orquídeas
lindas como você,
Que em algum lugar do passado poderás
ainda rezar por mim.
Coração vagabundo que ainda bate em
meu peito, enfim fingindo
Ser apenas mais um poeta estéril,
desterrado que fui.
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