quinta-feira, 20 de julho de 2023

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Naquele Banco

 


*Adaptação da Musica Naquela

Mesa, de Sérgio Bittencourt, para homenagear Meu Pai Lafaiete Souza

Naquele banco ele sentava sempre

E me dizia sempre, o que é viver melhor.

Naquele banco ele contava histórias,

Que hoje na memória eu guardo e sei de cor.

Naquele banco ele juntava gente

E contava contente o que fez de manhã.

E nos seus olhos era tanto brilho,

Que mais que seu filho, eu fiquei seu fã.

Eu não sabia que doía tanto

Um banco no lago, uma mesa no canto, a falta

Daquela risada gostosa, dos conselhos, apesar dos meus cabelos

(Grisalhos), uma casa na praia com um lindo jardim.

Se eu soubesse o quanto dói à vida,

Essa dor tão doída não doía assim.

Agora resta um banco vazio, sem a tua presença

Relembrando-me das doces memórias que ficou em mim.

Naquele banco está faltando ele

E a saudade dele está doendo em mim.

16 ANOS DE SAUDADES - *06.10.1927 - +19.07.2007

Decifra-me que eu te direi...

Quero te amar como quem oferece uma

Compreensão luminosa do firmamento noturno,

Solidário, em plena solidão.

Quero te amar como amante aberto e passível de mudanças,

Não marionete do destino, com seus fios invisíveis

De um amor, amoroso, talvez cruel.

Quero te amar como se houvesse um “deus”, que por intuição

Organizasse os nossos momentos. Não como determinação,

Deparando-nos com um sentido radical de liberdade, em

Perene combate com o abstrato dos nossos sonhos.

Quero te amar nas diversas ruas que desmarcam os

Nossos destinos, entre fios de teias, com músicas suaves,

Entre abismos entressonhados, fogo, e brasa que nos

Dará o direito de vivermos unicamente pelas reservas da própria

Alma, sem culpa aparente, com as poesias nas quais eu sempre

Quis exprimir habitualmente em perplexa que cabe o amargo

Destino de sacrificar a mim mesmo.

Quero te amar como vitima da solidão avara de mim mesmo,

Que espera florescerem novas árvores no Éden

e assim, pois, não somente a quero te amar.

Quero te amar, mas com a fantasia dos elementos que

Compõe o mundo, que movem os meus pensamentos que segue

Pelas águas dos rios, lagos e mares, pelo curso das estrelas

Em estado puro. Tudo nos seus olhos...

Decifra-me que eu te direi quem és!

Armistício incondicional

Os dias passam, somos ausências condicionais,

Somos prisioneiros em celas separadas, não te beijo

E nem posso dizer que te amo cara a cara.

Somos mascarados, talvez alimentem as estatísticas.

Dos que se foram ou dos que ficaram para ouvir a ultima canção.

Somos invólucros sem receber despedidas dos que nós

Amávamos ou nos amaram, em tempos onde o medo não era pavor.

Somos frutos do estarmos vivos ou do talvez, em prenúncios.

Ceifa vidas ou nos faz viver.

Somos frutos do quem sabe ou do talvez, somos filhos da vida

Ou da morte, que nos espreita, deixando ou buscando alguém

Que será eu ou você, ah, doce amada o armistícios está aqui

E agora a nos fitar. O que será que será!

Carpe Diem.

A...Mor infinito

És preciosa quando invade o meu já distante coração,

Alguma coisa ainda acontece, subjugas os meus pensamentos

Para tão somente declarar-me a ti.

Entre becos e esquinas declamo aquela nova, velha poesia que

Ecoa nas praças vazias, entre bancos nus, olhares que se perdem no Horizonte, sem me encontrar, entre as mutações e poderes onipotentes, Poderes que te execram, como se músicas cantassem,

Nas calçadas nas noites invisíveis.

Amor, to romântico, extravagante, pior do que antes, de outros carnavais, Micaretas, talvez, o último romântico, como num baile de máscaras Procurando ser seu par, entre canções, orquídeas lindas como você,

Que em algum lugar do passado poderás ainda rezar por mim.

Coração vagabundo que ainda bate em meu peito, enfim fingindo

Ser apenas mais um poeta estéril, desterrado que fui.

 

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